DF: mulher acusada de matar marido com ajuda de amante é presa de novo
Segundo a polícia, o objetivo do casal seria o saque das contas e o recebimento da pensão do servidor aposentado
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, pela segunda vez neste ano, Elisângela Almeida de Miranda (foto em destaque), 41 anos. Ela é acusada de matar o ex-marido, Valdeci Carlos de Sousa, 63, que era servidor aposentado do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Desta vez, de acordo com a polícia, Elisângela foi presa porque ela e o amante, José Willamy de Melo Raiol, 26, tinham como objetivo o saque das contas de Valdeci. O crime ocorreu no dia 18 de março deste ano, quando Elisângela telefonou para Valdeci e o atraiu para uma emboscada.
A mulher foi presa pela primeira vez em março. No entanto, no dia 10 de outubro, a Justiça aceitou o pedido de habeas corpus da defesa e determinou sua liberdade condicional. Os advogados dela alegaram demora da promotoria e da acusação em produzir provas contra Elizângela. Após a investigação, os policiais da 17ª DP (Taguatinga) verificaram que a acusada estava separada da vítima, Valdeci Carlos de Sousa, por conta de uma relação extraconjugal.
Segundo as investigações, a mulher matou o ex com a ajuda do amante, José Willamy. Ele foi preso, no dia 19 de outubro, em uma favela de Belém, na qual morava com a atual namorada. De acordo com o delegado da 17ª DP, Joás Rosa de Souza, a região onde o homem estava é dominada por uma das maiores organizações criminosas do Brasil, o Comando Vermelho.
Após a prisão, ele deu mais detalhes sobre o homicídio e disse que Elisângela teria sido a mandante do crime. Após o depoimento de José Willamy, foi expedido outro mandado de prisão para Elisângela, que responderá por homicídio qualificado, com pena de 12 a 30 anos. O delegado conta ainda que, na vez em que foi solta, ela chegou a fazer um churrasco em comemoração. Elisângela se manteve tranquila, fria e sem remorso aparente durante todo seu depoimento.
Relembre o crime
Com a morte de Valdeci, o objetivo de José Willamy e Elizângela seria, além do saque das contas, o recebimento da pensão do servidor aposentado. Valdeci caiu em uma emboscada. A acusada teria atraído o ex-companheiro para a residência, em Ceilândia, ao lhe dar expectativas de reatarem o relacionamento.
No imóvel, depois de dominarem o homem, a dupla teria colocado Valdeci no veículo e rodado por todo o Distrito Federal com ele. A perícia revelou que a mulher estava na direção do automóvel. O amante seguia torturando o aposentado no banco traseiro.
Valdeci foi assassinado com a própria arma. O corpo foi encontrado no cerrado, às margens da DF-001. Com base nas apurações da PCDF, para encobrir o crime, a mulher teria comunicado o desaparecimento do marido no dia seguinte.
Na época, de acordo com a polícia, ela teria confessado o homicídio em depoimento. A vítima foi morta com um único tiro na cabeça, supostamente disparado pelo amante de Elizângela.