DF: mortes por insuficiência pulmonar sobem 19% e pneumonia, 9%
De 1º de março até a última quarta-feira, a capital registrou 247 mortes pela primeira causa e 391 pela segunda
atualizado
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O número de registros de mortes por insuficiência respiratória e pneumonia no Distrito Federal teve um salto, considerando o período entre 1º de março de 2020 até essa quarta-feira (15/04), em relação ao mesmo período de 2019. No caso do primeiro, o índice foi de 19,3%, enquanto no segundo, subiu 8,9%.
A capital registrou 247 mortes por insuficiência respiratória desde o início de 2020 contra 207 no ano passado. E se comparados os óbitos por pneumonia, foram 391 este ano contra 359 contabilizados no mesmo período de 2019.
Os dados são do Portal da Transparência da Central de Informações do Registro Civil (CRC Nacional). Levando em conta o período entre 1º de janeiro até a última quarta-feira, foram registradas 531 mortes por insuficiência respiratória. Em 2019, no mesmo período, os óbitos somaram 458. Em relação à pneumonia, foram 907 óbitos neste ano e 827 em 2019. Veja os dados neste link.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, os cartórios de registro civil do Brasil afirmaram que vão disponibilizar informações vitais sobre as causas de mortes constantes nos registros de óbitos lavrados em todo o país. As duas doenças podem ser consequência da Covid-19.
Mortes por insuficiência respiratória e por pneumonia em 2020:
Funenárias
Ao Metrópoles, a presidente da Associação de Funerárias do Distrito Federal, Tânia Batista da Silva, confirmou o aumento dos números de óbitos relacionados às duas enfermidades.
“Realmente, nós observamos que os laudos estão especificando em maior número essas doenças. Estimamos um crescimento de cerca de 30% nas mortes por problemas respiratórios e pneumonia”, afirma.
Ela acredita que o crescimento do número de mortes é esperado para o período. Porém, pode estar relacionado a casos do novo coronavírus que não foram diagnosticados.
Segundo a presidente, todos os casos que chegam às funerárias do DF, independentemente de serem relacionados à Covid-19, são tratados com o mesmo protocolo. Tudo para que não haja risco de contágio para os funcionários e as famílias.
“Os cuidados incluem manejo dos cadáveres, até a recomendação do caixão lacrado. Além do uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) que não abrimos mão. Estamos seguindo a determinação do GDF”, acrescentou Tânia.
Números da secretaria
Em nota, a Secretaria de Saúde do DF informou que o levantamento da pasta de 2020 é apenas do mês de janeiro. Foram 20 óbitos por insuficiência respiratória e todos de pessoas com mais de 60 anos, sendo 12 homens e oito mulheres.
“Cabe ressaltar que todos os óbitos suspeitos por Covid-19 precisam conter essa informação no atestado de óbito para que o enterro possa seguir os trâmites preconizados”, diz a pasta, em nota.
No entanto, o óbito suspeito é investigado e colhe-se amostra para testagem, segundo a informação da secretaria. “Somente após o resultado do exame, a causa da morte fica definida. Se confirmado para Covid-19, ele entrará nos boletins atualizados diariamente pela SES”, explica a pasta.