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- Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou neste domingo (23/6) que não haverá mudança na estratégia adotada pela pasta com relação ao público-alvo da vacinação contra a dengue na capital da República.
“As doses de vacinas contra a dengue disponíveis na rede não vencem em julho. Nossas doses vencem em 2025”, confirmou a pasta em nota.
A campanha de vacinação contra a dengue no DF segue a orientação do Ministério da Saúde para todas as crianças e adolescentes de 10 anos completos a 14 anos de idade. São duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas.
O Ministério da Saúde, em nota técnica publicada na sexta-feira (21/6), recomendou que as unidades da Federação que tenham doses de vacina contra a dengue prestes a vencer ampliem faixa etária do público-alvo.
Atualmente, a campanha é voltada para pessoas de 10 a 14 anos de idade. Porém, se as doses estiverem com vencimento datada para 30 de junho ou 31 de julho, a recomendação é que os municípios apliquem em pessoas além do público-alvo.
Segundo a recomendação, os estados que tenham municípios que ainda não foram contemplados com a vacina da dengue devem realizar o remanejamento dessas doses com vencimento próximo para esses territórios.
Caso todos os municípios estejam contemplados, as doses poderão ser aplicadas em pessoas da faixa etária de 6 a 16 anos de idade.
Se os dois procedimentos anteriores não forem suficientes para aplicação das vacinas prestes a vencer, o público-alvo poderá ser ampliado até o limite etário especificado na bula da vacina dengue — que compreende dos 4 aos 59 anos.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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Na nota técnica, a pasta federal reforçou que “é uma estratégia temporária e excepcional, aplicada apenas para as vacinas que possuem prazo de validade até 30 de junho e 31 de julho de 2024”.