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DF: Justiça manda soltar filho acusado de ocultar cadáver da mãe

Juíza entendeu que não há indícios de participação de Brendo no feminicídio e também que ele está colaborando com a polícia

atualizado

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1 de 1 Vicente-Pires-Feminicidio-5 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (27/11/2019), a juíza Lorena Alves OCampos mandou soltar Brendo Sousa Moraes, 21 anos. Ele é acusado de ocultar o cadáver da própria mãe, na região de  Vicente Pires. A vítima, Sandra Maria Sousa Moraes, 39, foi estrangulada com um fio. O acusado pelo crime é o irmão dela, que está foragido.

“Esclareço que não há indícios de que o autuado esteja envolvido na morte de sua mãe e, a todo momento, ele colaborou com a polícia mostrando o local do corpo, as câmeras que haviam no local e descrevendo, em detalhes, tudo o que ocorreu, conforme relato longo dado em delegacia de polícia e em audiência de custódia”, destacou a magistrada.

Na audiência, Brendo afirmou que ajudou a esconder o corpo porque ficou com medo e se sentia ameaçado a todo momento – pelas circunstâncias de estar sozinho com o assassino de sua mãe na casa dele e pelo suspeito possuir uma arma branca no local. Afirmou que não teve outra alternativa senão auxiliar o tio.

Disse, inclusive, que foi obrigado a, juntamente com sua esposa, dormir na casa de Danilo Moraes Gomes, afirmando que ele estava no controle da situação. Afirmou ainda que na primeira oportunidade que teve (após a irmã conseguir sair da residência do tio e chamar a polícia) colaborou com os investigadores mostrando o local do corpo, as câmeras do local e descrevendo tudo o que ocorreu.

A juíza determinou liberdade provisória, mas impôs algumas medidas cautelares. Brendo não pode mudar de endereço e tem de manter todos os dados pessoais atualizados. Está proibido também de se ausentar do Distrito Federal.

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O salão de beleza funcionava ao lado da residência
A cabeleireira era muito elogiada pela simpatia e pelo trabalho
O local de trabalho de Sandra sempre foi muito bem cuidado, segundo clientes
Filho de Sandra havia sido preso em setembro por porte ilegal de arma
Brendo teria ajudado o tio a enterrar o corpo da própria mãe
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A casa branca, ao fundo, é onde Sandra morava

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O salão de beleza funcionava ao lado da residência

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A cabeleireira era muito elogiada pela simpatia e pelo trabalho

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O local de trabalho de Sandra sempre foi muito bem cuidado, segundo clientes

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Filho de Sandra havia sido preso em setembro por porte ilegal de arma

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Brendo teria ajudado o tio a enterrar o corpo da própria mãe

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Danilo Moraes Gomes, acusado de matar Sandra, em Vicente Pires

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Samara Sousa Moraes, 22 anos, denunciou o crime à polícia

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Para o delegado, disputa de terreno na região de 26 de Setembro pode ter motivado o feminicídio

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Delegado Yury Fernandes, responsável pela apuração do caso. O investigador suspeita de que Danilo matou e enterrou a irmã com auxílio de Brendo, que é filho da vítima

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Sandra Maria tinha 39 anos e era dona de um salão em Vicente Pires

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Local próximo de onde o corpo de Sandra foi enterrado

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Carro da cabeleireira Sandra Maria, no qual ela teria sido levada depois de morta

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Amigos, vizinhos e clientes se juntaram para pagar o enterro de Sandra

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Polícia Civil do Distrito Federal afirma que Danilo Moraes Gomes matou a irmã, Sandra Maria, de maneira premeditada. De acordo com as investigações conduzidas pelo delegado Yury Fernandes, titular da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires), o homem pegou um cabo de televisão antes de conduzir a vítima até um local ermo, dentro do próprio lote onde ela morava, para matá-la.

Conforme revelado pela coluna Grande Angular, do Metrópoles, o fio estava enrolado ao pescoço de Sandra quando o corpo dela foi localizado, na segunda-feira (25/11/2019). Segundo a polícia, o feminicídio ocorreu no sábado (23/11/2019).

Com essas informações, os investigadores não têm mais dúvida quanto à autoria e à premeditação do feminicídio. Ainda restam, no entanto, dois pontos a serem esclarecidos.

O primeiro é o da participação ou não de Brendo Sousa Moraes, filho de Sandra, no assassinato. Apesar de ele ter confessado que ajudou o tio a ocultar o corpo em um lugar de mata fechada, a polícia irá apurar se o rapaz também atuou na execução da cabeleireira.

“Agora, vamos analisar as imagens de câmera de segurança do condomínio para saber se Danilo chega e sai acompanhado da casa”, explica o delegado-chefe Yury Fernandes.

Outra questão a ser resolvida é o motivo do crime. Segundo o investigador, a principal hipótese é a de que haveria uma desavença entre a vítima e Danilo relacionada ao terreno em que Sandra morava. “Vamos ouvir uma testemunha que reforça essa tese, mas ainda é muito cedo. Precisamos entender o que o irmão teria a ver com o local”, aponta Fernandes.

Buscas

Danilo foi condenado pela Justiça do Maranhão por crime semelhante. Até recentemente, estava preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas (MA), onde cumpria pena por estupro e latrocínio, conforme consta no site do Tribunal de Justiça do estado.

Segundo o delegado Yury Fernandes, o pedreiro teria matado uma mulher no Maranhão, após enforcá-la com um fio de telefone. Antes, de acordo com a Justiça daquele estado, o homem estuprou a vítima. A data desse crime não foi revelada, assim como outros detalhes. O investigador informou ainda que o pedreiro fugiu da cadeia maranhense.

Danilo foi visto pela PCDF apenas uma vez, quando policiais foram ao assentamento onde a família reside para prender os suspeitos do feminicídio, após Samara acionar a corporação. Enquanto Brendo não resistiu ao flagrante, o assassino correu para o meio do mato.

O pedreiro permanece foragido. O pedido de prisão do acusado ainda não foi expedido, mas a expectativa é que o documento saia nesta quarta-feira (27/11/2019).

 

 

 

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