DF já inspecionou 1,7 milhão de lares para eliminar a dengue em 2022
Os serviços de inspeção em busca de focos do Aedes aegypti se multiplicaram. Mais de 90% dos ovos do mosquito estão dentro das residências
atualizado
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Diante do aumento de casos de dengue no Distrito Federal em 2022, a Secretaria de Saúde (SES) reforçou os serviços de inspeção em busca de focos do mosquito Aedes aegypti. Ao todo, 1,7 milhão de lares no Distrito Federal receberam a visita de agentes de fiscalização. São mais de 1,3 mil agentes comunitários de saúde distribuídos por todas as regiões do DF com o objetivo de orientar a população, identificar e eliminar os pontos de reprodução.
“Este ano nosso trabalho foi potencializado com a contratação de mais 500 agentes de saúde que vão ajudar muito. O objetivo das visitas domiciliares é educar a população, e também corrigir o que está inadequado, com a aplicação de produto para eliminar os focos encontrados”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.
De acordo com ele, cerca de 90% dos ovos do mosquito Aedes aegypti estão dentro das residências. Conforme o último Boletim Epidemiológico, de janeiro a junho deste ano foram registrados 55.063 casos prováveis de dengue.
“Nossos agentes de saúde fazem um trabalho de instrução da população e correção de qualquer possível foco do mosquito, mas a população deve estar atenta a fatores que são propícios à proliferação do mosquito, como o acúmulo e descarte incorreto de lixo doméstico”, acrescenta Divino.
Além das visitas domiciliares, a SES conta com outras ações para eliminar o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Entre elas, destaca-se a borrifação espacial.
“Essa é uma das ações mais eficientes no combate ao Aedes Aegypti, juntamente com o cuidado que cada cidadão pode ter dentro de casa”, completa Divino Valero.
O fumacê, como é popularmente conhecido, atinge uma área de mais de 2 mil imóveis por aplicação. O produto é borrifado no final do dia e durante a madrugada, quando há menos corrente de vento e melhor aproveitamento do serviço.
Outras medidas estratégicas estão sendo desenvolvidas para ajudar no combate ao mosquito, como é o caso da parceria com a Secretaria de Educação. “Estamos levando a educação para dentro das escolas públicas. Assim, as crianças e jovens serão nossos ‘agentes’ em suas casas. Eles terão um olhar crítico em seus lares e podem levar essas instruções para o resto da vida”, ressalta o subsecretário.
Importância da prevenção
É necessário que a população não se esqueça de reforçar os cuidados em casa, como limpar e esvaziar os pratos dos vasos de plantas, além de manter as caixas d’água, cisternas e outros recipientes de armazenamento d’água bem fechados.
Outra recomendação é evitar deixar garrafas e pneus em locais onde possam acumular água. “O mosquito Aedes aegypti voa 1 m de altura e costuma estar presente em lugares mais escuros da casa, como quarto e cozinha. Então, abra as cortinas e as janelas”, reforça Divino Valero.
Para aqueles que não escaparam do mosquito, o coordenador de Atenção Primária da SES, Fernando Erick Damasceno, explica que 80% dos casos de dengue são resolvidos sem a necessidade de internação hospitalar.
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