DF: “iscas” cara de pau voltam a aplicar golpe do Boa noite, Cinderela
Há três meses, Mayra de Oliveira já havia sido presa, voltou a fazer vítima e acabou atrás das grades com Danielly Batista
atualizado
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Três meses após serem alvo de uma operação da Polícia Civil do DF, duas mulheres acusadas de aplicar o golpe “Boa noite, Cinderela” voltaram a agir no DF. Acusadas de seduzir, dopar e roubar o carro de uma vítima, Danielly Cristina Freitas Batista, 21 anos, e Mayra Cristina Ferreira de Oliveira, 27, foram presas, desta vez em Santa Maria.
Investigadores da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) chegaram até as suspeitas após elas serem acusadas de aplicar um golpe na semana passada. De acordo com o delegado Gabriel Oliveira, ambas atuavam como garotas de programa e foram até um bar na região administrativa, trocaram olhares com um homem até iniciarem uma conversa. Depois, ele foi convencido a ir até sua residência.
No meio do caminho, pararam para comprar bebidas. Ao chegar à casa, colocaram drogas na bebida do homem, que apagou. Foram embora com o carro da vítima – um Fiat Palio. Mas os planos não saíram exatamente como elas queriam. Isso porque as câmeras de segurança do condomínio registraram o rosto das duas.
A partir dessa pista, a Polícia Civil concluiu que eram suspeitas de praticar golpes semelhantes e tinham 14 ocorrências contra elas no DF. Três somente na região de Santa Maria. As mulheres tinham, inclusive, um mandado de prisão em aberto pelo mesmo crime, em Taguatinga. O delegado pedirá a preventiva de ambas.
Apenas em Santa Maria, a dupla extraiu cerca de R$ 100 mil em bens de três vítimas. As acusadas responderão por roubo (cuja pena é de 4 a 10 anos). Em um dos golpes aplicados, no Gama, a vítima de 63 anos veio a óbito por causa da substância ingerida.
O homem era servidor do Senado. Ele não resistiu à dosagem de medicamentos e morreu no dia 28 de agosto, na região do Gama. Um mês depois, Mayra foi presa pela 4ª DP (Guará), além de Iraneide Alves do Rosário, 29, acusada pelo mesmo crime. Danielly Cristina Freitas Batista não foi encontrada na ocasião pela polícia.
A suspeita é que façam parte de uma quadrilha especializada nesse tipo de golpe. Usadas como “iscas” pelo bando, as mulheres circulavam em bares do Guará, Riacho Fundo, Santa Maria, Águas Claras, Taguatinga, Gama e, até, em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF.
Debochadas, em um vídeo ao qual o Metrópoles teve acesso em setembro deste ano, Mayra Cristina Ferreira de Oliveira e Danielly Cristina Freitas comemoram o sucesso de mais um golpe. Com o som alto, elas bebem e cantam enquanto o homem está caído no assento traseiro. A mais velha, que aparece sentada no banco do passageiro, avisa em tom animado: “O cara desmaiou”.