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DF: informalidade cresce após pandemia e alcança 33% dos trabalhadores

Dados do IPEDF mostram que, apesar do crescimento do trabalho informal, o DF está em quarto lugar entre as UFs com menor informalidade

atualizado

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Homem de boné em pé ao lado de carrinho de sorvete. Ao fundo está a Catedral de Brasília
1 de 1 Homem de boné em pé ao lado de carrinho de sorvete. Ao fundo está a Catedral de Brasília - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Entre 2020 e 2022, a taxa de informalidade no DF aumentou 5,2 pontos percentuais, passando de 28,6% para 33,8%, no segundo trimestre de 2022. O dado é do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), que apresentou, na manhã desta terça-feira (22/11), o estudo Trabalho Informal no Distrito Federal. A pesquisa observa como o mercado se dividiu entre formal e informal, e como a evolução desses grupos se deu ao longo do tempo.

Segundo o IPEDF, a justificativa para o aumento da informalidade no DF é a crise sanitária instaurada no país devido à Covid-19, no primeiro ano da comparação. A pandemia afetou direta e fortemente o mercado de trabalho. Essa evolução, assim como em outros lugares do país, foi influenciada pelo comportamento da economia nacional.

O DF é a unidade da Federação com a maior renda per capita do país. Apesar do crescimento do trabalho informal, a capital da República está em quarto lugar entre as UFs com menor informalidade. À frente do DF, com as menores taxas, estão Santa Catarina, São Paulo e Paraná.

Veja:

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que em sua série histórica, houve duas fortes quedas do número de trabalhadores informais: 2015-2016 e 2020-2021. A diferença é que na primeira, o número de informais retomou o patamar anterior. Por outro lado, a segunda elevou o número além do patamar histórico.

Detalhamentos

Os homens são os mais afetados pela falta de mercado de trabalho formal. Cerca de 34,6% das pessoas do sexo masculino estão em situação informal, enquanto entre as mulheres, esse índice chega a 33%, de acordo com dados da PNADc. As trabalhadores do gênero feminino têm uma menor participação nessa taxa, tanto no mercado de trabalho quanto na população total devido ao seu nível de escolaridade, uma vez que elas completam mais o segundo grau que os homens.

Há também uma diferença substancial entre informais negros e brancos. Cerca de 29% da população negra do DF trabalha sem vínculos empregatícios, ante 13% dos brancos.

As Regiões Administrativas (RAs) também apresentam uma desigualdade entre si. As RAs com maior informalidade, como SCIA, Itapõa, São Sebastião, Fercal e Varjão chegam a 40% de informais; enquanto o Park Way, região com menor nível avaliado, tem apenas 8,18%. Esse nível na região é observado apenas em países ricos.

Há uma discrepância relevante entre os setores de emprego. A alta informalidade são as Atividades não Especificadas, onde 61,2% das pessoas se encontram. Seguido da Construção (57,5%) e dos Serviços Domésticos (45,2%). Alguns setores como áreas da Administração Pública, Educação e Saúde e Comunicação e Atividades Financeiras, 5,13%, 11,1% e 11,2%, respectivamente, fazem parte do grupo com baixíssimo número de informais.

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