DF: idoso é internado para tratar dengue, mas acaba pegando Covid
Adelson Alves deu entrada no Hospital de Santa Maria em 1º de junho, mas por conta do quadro precisa ser encaminhado a outro centro de saúde
atualizado
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A família de Adelson Alves de Oliveira, de 71 anos, está preocupada com a condição de saúde do idoso internado no Hospital Regional de Santa Maria. Ele deu entrada na unidade em 1º de junho para tratar um quadro de dengue e fazer diálise, porém, três dias depois foi diagnosticado com Covid-19 também.
Thalles Alves de Oliveira, filho do paciente, disse que os funcionários do hospital o comunicaram que o idoso teria de ser transferido para outro centro de saúde, com uma ala reservada para pacientes com coronavírus. No entanto, até o momento não deram uma previsão de quando ocorrerá.
“Antes de receber o diagnóstico de Covid, minha tia, a cuidadora dele e eu estávamos nos alternando para ficar com o meu pai no hospital. Como ele é idoso, precisa de acompanhante. Porém, elas acabaram pegando o vírus também. E, agora, por causa da doença, ele tem que ficar isolado”, disse Thalles.
Como não poderiam ficar com ele, pelo risco de contágio, o filho de Adelson retornou para a residência da família, em Valparaíso de Goiás. “A equipe do hospital alegou abandono nosso, mas nós não tínhamos como acompanhá-lo nessa condição. Quando ligamos para saber sobre o estado de saúde dele, ninguém nos atende. Temos que ir presencialmente perguntar, e os enfermeiros só nos falam que ele está bem e sendo tratado. Não nos dão notícias’, lamentou.
Segundo o homem, o pai dele não consegue se alimentar sozinho e está desorientado. O idoso faz uso de sonda, aparelho de oxigênio e diálise. “Assim que ele for para a enfermaria, vamos ficar com ele. Estamos fazendo o que está ao nosso alcance aqui do lado de fora. Estamos em contato com a Defensoria Pública também para que ele consiga a transferência de hospital que precisa”, comentou.
Para ele, a maior indignação é o hospital exigir que o paciente com Covid tenha acompanhante mesmo com o risco de transmissão. “É um absurdo ele estar em uma ala dessas e os familiares não conseguirem notícias sobre o quadro clínico. Ele precisa de um atendimento adequado para tratar a doença e fazer a diálise, pois tem insuficiência renal grave”, finalizou Thalles.
O que diz o Iges-DF
Em nota, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), responsável pela administração do Hospital Regional de Santa Maria, afirmou que as famílias de pacientes internados recebem diariamente o boletim médico, transmitido por meio de ligação telefônica feita pelo próprio hospital.
Sobre o prontuário, se consciente, somente o paciente pode obtê-lo. A exceção é quando o familiar dispõe de procuração que permita o repasse das informações.
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