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DF: Ibaneis exonera o 7º diretor de hospital por problemas de gestão

Só no Hran foram duas trocas em menos de três meses. Nesta sexta-feira (07/06/2019), o Diário Oficial traz duas novas demissões

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Hopspital Hran – Brasília(DF), 21/12/2015
1 de 1 Hopspital Hran – Brasília(DF), 21/12/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A rotatividade na direção dos hospitais públicos do Distrito Federal já virou uma marca dos primeiros meses de gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB). Nesta sexta-feira (07/06/2019), o chefe do Executivo local completou sete exonerações no comando das unidades de saúde. No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), o novo gestor não ficou no cargo nem três meses. Nesta segunda troca na mesma unidade, foi demitido Josinaldo da Silva Cruz. O médico havia assumido a direção-geral após a saída de Gustavo Bernardes.

A exoneração foi publicada na edição desta sexta do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O documento traz o nome do médico Sócrates Souza Ornelas como novo comandante da unidade referência em queimaduras e em lesões provocadas por veneno. Procurado pelo Metrópoles, Ibaneis Rocha afirmou que as mudanças fazem parte de “medidas para melhorar o atendimento”.

Reprodução

A mesma edição desta sexta do DODF também torna sem efeito a nomeação do diretor do Hospital Regional de Ceilândia (HRC), Renato Sérgio de Medeiros.

Reprodução/DODF

Exoneração

Nessa quinta-feira (06/06/2019), o diretor do Hospital Regional do Gama (HRG), André Luiz Zamuner, também foi exonerado. O novo titular do cargo é Allan Wlisses de Moraes dos Dualibe Barros.

Nessa demissão, Ibaneis justificou que Zamuner teria falhado na administração da unidade. O motivo seria a superlotação do hospital. “Dificuldade nós vamos passar, mas temos que tratar a nossa população com carinho. O diretor tem de estar à frente do hospital, conversar com as pessoas e tentar solucionar os problemas”, pontuou.

Segundo o governador, o GDF tem tentado melhorar as condições de trabalho dos servidores. Por isso, vai cobrar mais qualidade no atendimento à população. “Sempre que os diretores deixarem de ter carinho com a comunidade serão exonerados. Não vou premiar aqueles que não querem cuidar do meu povo”, afirmou.

Cargo de confiança

Em nota, a Secretaria de Saúde complementou a informação com a justificativa de que Zamuner não se enquadrava nos princípios do governo. “A função de diretor de hospital é cargo de confiança. A Saúde está, gradativamente, ajustando os gestores à filosofia de trabalho da atual gestão”.

Em maio deste ano, o pronto-socorro do Hospital do Gama precisou restringir o atendimento por conta de superlotação. A ala emergencial tem apenas 39 leitos, mas chegou a receber 101 pacientes.

A Sala Vermelha, que recebe pessoas em estado grave, tem quatro leitos e duas macas para reanimação. Na época, nove pacientes foram internados no local. Um dos profissionais que trabalha no hospital flagrou duas pessoas dividindo a mesma maca. O vídeo circulou nas redes sociais.

A pasta também disse que a exoneração do diretor do Hran, Josinaldo da Silva Cruz, ocorreu por solicitação do próprio diretor. No entanto, “por inobservância da formalidade administrativa do ato, o processo de solicitação da exoneração não continha a expressão ‘a pedido’​”.

Atendimento

No mês passado, o governador exonerou toda a diretoria do Hospital Regional de Sobradinho (HRS), após Beatriz Viana da Silva, 19 anos, morrer devido a uma parada cardiorrespiratória. A família acusa a rede pública de Saúde de negar atendimento à jovem e a Polícia Civil investiga o caso.

O responsável pelo Hospital Regional de Brazlândia (HRBz) também acabou demitido recentemente. Valterdes Silva deixou o cargo após um sargento da Polícia Militar filmar profissionais de saúde descansando em uma sala de TV diante de um pronto-socorro lotado (veja acima).

Em março, o então diretor do Hospital Regional na Asa Norte (Hran), Gustavo Bernardes, e o superintendente da Regional de Saúde Central, Adriano Ibiapina, perderam as funções. A decisão foi motivada por denúncias de que haveria um boicote por parte de servidores do hospital: mesmo tendo leitos, pacientes ficavam sem atendimento na unidade.

No mesmo mês, a exoneração do gestor do Hospital Regional de Santa Maria, Igor Silveira Dourado, foi publicada no Diário Oficial do DF.

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