DF: grupo fingia serviços espirituais e exigia dinheiro, perfume e cerveja
Uma das vítimas chegou a ter prejuízo de R$ 24 mil após comprar diversos bens para os estelionatários. Membros da organização foram presos
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta terça-feira (26/05), a operação Métis 2, que prendeu membros de uma organização criminosa responsável por prestar falsos serviços espirituais. Vera Lucia Nicolitch, 52 anos, o filho dela, Diogo Nicolitch Luiz, 31, e a nora, Luana Nocoleti, 32, são investigados por extorsão circunstanciada e estelionato.
De acordo com o apurado pela 4ª Delegacia de Polícia (Guará), uma mulher de 47 anos, no mês de agosto de 2019, procurou Vera para que fosse realizado um serviço de “amarração para o amor”, por R$ 1,5 mil. A quantia foi paga antecipadamente em espécie.
No dia marcado para a realização do trabalho, Vera simulou ter incorporado a entidade espiritual Exu Tranca Ruas. Enquanto isso, Luana ameaçou a mulher que havia contratado o serviço dizendo que não só aquela, mas outras 10 entidades queriam levar a filha da vítima.
Para evitar que isso acontecesse, as entidades estariam exigindo o pagamento de R$ 11 mil. A vítima, com medo, acabou entregando o dinheiro pedido. Mesmo assim, a mulher que contratou os serviços de Vera continuou sendo enganada pela organização criminosa até abril deste ano. Foram cerca de 15 encontros.
Com a desculpa de que os trabalhos de amarração estava sendo realizados, a vítima foi convencida a entregar aos farsantes 18 perfumes franceses, mais de 500 garrafas de cerveja, roupas masculinas, oito uísques, 19 espumantes, rosas, cravos vermelhos e diversos outros valores que foram pagos em espécie. O prejuízo total chega a R$ 24 mil.
Durante o cumprimento de mandado de busca realizado nesta terça, foram encontrados procurações de veículos e de imóveis de outras vítimas, cheques totalizando a quantia de R$ 46,7 mil, diversos frascos de perfume, bolsas de grife, relógios e joias.
Além dos presos, Viviane Nicolitch Luiz, 33, também é investigada como integrante da organização criminosa. As supostas mães de santo se apresentavam como Irmã Vivian, Irmã Vera e Dona Luana de Oxum e atuavam na QE 13 do Guará II.