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DF: grupo criminoso criou 10 empresas de fachada para sonegar impostos

Dos R$ 500 milhões sonegados em dois anos, R$ 300 milhões seriam referentes a uma empresa fantasma localizada na Estrutural, segundo a PCDF

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Uma organização criminosa, formada por 10 empresas e acusada de sonegar pelo menos R$ 500 milhões em impostos em um período de dois anos, foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal nesta quinta-feira (1º/11). Três mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão foram cumpridos em Brasília e em Unaí (MG).

Os investigadores revelaram o nome de apenas uma empresa, que estaria no centro do esquema: M. Célia, de grãos, sediada na Cidade Estrutural. Os policiais descobriram que a dona do empreendimento não tinha nenhum patrimônio.

Cada um dentro da organização tinha uma função definida: contador, aliciador de laranjas, “testas de ferro” — uma espécie de laranja — e produtor rural. Somente a M.Célia teria deixado de recolher R$ 300 milhões de tributos aos cofres públicos. As companhias, ainda de acordo com a Polícia Civil, eram criadas com o objetivo de sonegar impostos.

Os policiais chegaram aos suspeitos por meio de uma denúncia. Ao todo, 50 policiais saíram às ruas nesta quinta (1º). A fraude funcionava da seguinte forma: os suspeitos abriam empresas fantasmas e emitiam notas fiscais falsas. Quando a Receita do Distrito Federal ia apurar as informações, descobria que essas firmas não existiam.

A operação foi batizada de Arenae, grãos em latim. O imposto sonegado seria o ICMS. Entre os presos, está um contador que teria dado início ao esquema. Um “testa de ferro” e um empresário de Unaí do ramo de grãos também foram detidos. Policiais fizeram buscas em escritórios da empresa localizados no município mineiro e na capital federal.

“O objetivo do cumprimento dos mandados de busca é colher documentos e provas referentes aos fatos investigados entre 2017 e 2018”, explicou o delegado Virgílio Ozelami, diretor da Divisão de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (Dicot).

No decorrer das diligências, os policiais constataram que uma das empresas investigadas, a M. Célia, possui faturamento milionário, apesar de ter como proprietária alguém com padrão de vida simples, sem nenhum patrimônio. “Os trabalhos continuam, sobretudo para identificar outras pessoas jurídicas e físicas envolvidas”, acrescentou Ozelami. Ele acrescentou que a operação terá desdobramentos.

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