DF: grileiro conhecido como Sérgio da Hilux é condenado a 16 anos
Homem foi considerado culpado pelo homicídio duplamente qualificado do ex-sócio Tony Carlos de Azevedo Amâncio
atualizado
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O Tribunal do Júri de Ceilândia condenou, na sexta-feira (08/11/2019), o grileiro Sérgio Rolim de Oliveira, conhecido como Sérgio da Hilux, pelo homicídio duplamente qualificado de Tony Carlos de Azevedo Amâncio, ocorrido em 4 de janeiro de 2015. Ele cumprirá pena de 16 anos e 6 meses em regime inicialmente fechado.
Foram aceitas pelos jurados as qualificadoras de motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, apresentadas pela promotoria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O crime ocorreu após uma discordância entre Sérgio e Tony, que eram sócios.
Esta não é a primeira condenação do grileiro, que atuava na região do Sol Nascente. Ele já havia sido considerado culpado pelo assassinato da esposa e da filha de Tony. O crime ocorreu em 30 de abril de 2015 e também estava relacionado à disputa pelo comércio ilegal de terrenos. A filha de Tony tinha 3 anos de idade.
Mortes violentas
O Metrópoles denunciou, em 2017, a atuação de Sérgio da Hilux em Ceilândia. Segundo levantamento realizado na época, muitas das ocorrências de crimes violentos tiveram como motivo a disputa por terras.
Após o assassinato de Tony, a esposa dele, Ana Maria de Jesus Santos, 38 anos, começou a tocar os negócios da família. Ela se preparava para vender cerca de 28 lotes, quando despertou a fúria do algoz do marido. Foi então que Sérgio mandou executar o restante da família do ex-sócio.
Ana Maria levou sete tiros dentro da própria casa, sendo três na cabeça, um na coxa esquerda, um na coxa direita e dois no tórax. A filha dela, Ana Caroline Amâncio, 3, que estava no colo da mãe, foi levada ao hospital, mas não resistiu. O autor dos disparos acabou identificado e preso quando se preparava para fugir do DF.
Já Sérgio da Hilux, mandante do crime, foi detido dois meses depois do crime, no Ceará. Ele estava com cerca de R$ 2 mil em cheques que, segundo os investigadores, foram repassados por moradores pela venda dos lotes.