DF: gerente apalpou seios de menor aprendiz em Agência do Trabalhador
Servidor teria abraçado a jovem, por trás, e chamado a menor aprendiz de “meu amor”. Mais cedo, adolescente foi vítima de outro funcionário
atualizado
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Investigado por suposto assédio sexual, o gerente de uma Agência do Trabalhador teria apalpado os seios de uma menor aprendiz dentro do estabelecimento público. O servidor comissionado teria abraçado a adolescente e a chamado de “meu amor”. Ele ainda teria oferecido carona à vítima.
Mais cedo e no mesmo dia, um outro funcionário teria se aproximado, também por trás, e beijado o pescoço dela. A adolescente trabalhava há apenas um mês na agência, quando foi alvo dos dois servidores. Eles foram exonerados três dias após o episódio vir à tona.
O Metrópoles não vai divulgar o nome dos suspeitos nem mesmo a unidade da agência para evitar que a adolescente de 15 anos seja identificada.
Os dois suspeitos são investigados pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que já instaurou inquérito e analisa as imagens do momento. As inquirições já foram feitas.
“Não há informações de nenhum ato ‘explícito’, no sentido que ensejasse qualquer tipo de ‘nudez’. Mas, de fato, houve condutas no mínimo ‘inconvenientes’, que, somadas às declarações da ofendida, podem ensejar indiciamento”, destacou o delegado que apura o caso.
De acordo com a investigação, os dois suspeitos tiveram condutas “isoladas” dos demais servidores da unidade em momentos distintos.
Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), responsável pela Agência do Trabalhador, confirmou que recebeu a denúncia contra uma das menores aprendizes e que abriu processo administrativo contra os dois servidores comissionados.
Segundo a pasta, a denunciante e a família têm recebido atendimento psicológico e jurídico. A adolescente ainda pode ser transferida de setor ou de unidade caso queira.
A Sedet acrescentou que realiza cursos de formação específica para os atendentes das Agências do Trabalhador, ministrados pela Escola de Governo, nos quais abordam diversos temas, dentre eles, atendimento ao público, vivência profissional e combate ao assédio e à importunação sexual.
“A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda considera inaceitável tal ato e repudia, veementemente, toda e qualquer ação contra a dignidade humana. Reforça ainda o alerta a todas as mulheres para que denunciem agressores, assim como foi feito pela menor aprendiz”, concluiu a nota.