DF: gato apontado como vetor de raiva humana é encontrado, diz médico
O animal teria fugido em junho, cerca de quatro dias após o adolescente começar a sentir os sintomas da infecção
atualizado
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O gato que teria infectado um adolescente com raiva humana no Distrito Federal pode ter sido encontrado nesta quinta-feira (14/7). A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo médico que cuida do rapaz e da família, Walter Gaia. No entanto, a reportagem apurou que a Secretaria de Saúde ainda vai fazer vários exames para saber se o felino, de fato, tem a doença.
Segundo Gaia, o felino, já que está vivo, não seria o vetor da raiva humana. Geralmente, quando esses animais são infectados, morrem em cerca de 10 dias.
“Em ele sendo o portador terminal do vírus, fatalmente vai adoecer e morrer, no prazo máximo de 7 dias, com três dias de margem de segurança, completando 10 dias. Se passados os 10 dias o animal sobreviver, o caso já está descartado e a pessoa segue a vida normalmente. O desaparecimento do animal teria ocorrido de 8 para 9 de junho. Não tinha plausibilidade temporal porque nesta data já era para ter acontecido algo com ele. Não poderia estar vivo”, disse Gaia, que é o médico, que é sanitarista da Secretaria de Saúde do DF e trabalha no núcleo hospitalar da Vigilância Epidemiológica do Hospital Regional de Sobradinho.
Segundo a pasta, o jovem foi ferido pelo felino em 25 de maio. O diretor de Vigilância Epidemiológica do DF, Fabiano dos Anjos, explica que, em 15 de junho, o paciente começou a apresentar sintomas e, cinco dias depois, procurou atendimento.
Quando a Secretaria de Saúde confirmou a infecção de raiva humana, o diretor da Vigilância Ambiental do DF, Laurício Monteiro, afirmou que não havia sido possível localizar o gato que arranhou o jovem. A família informou que, dias antes da internação do paciente, após se envolver em uma briga com outro gato, o animal sumiu.
“Na investigação, foi possível colher a informação de que, na noite do dia 18 para 19 (de junho), houve uma briga de gatos. A gata de 2 meses se envolveu nessa briga e ela desapareceu. O gato está desaparecido”, comentou à época.
O caminho da infecção
O diretor de Vigilância Epidemiológica do DF, Fabiano dos Anjos, explicou o caminho da infecção desde o dia 25 de maio, data em que o garoto foi ferido: “Em 22 de junho, a pasta foi notificada sobre o caso. Um dia depois, realizamos uma visita técnica e nos reunimos com o Ministério da Saúde. Em 24 de junho, foi feita a avaliação e a profilaxia das pessoas que tiveram contato com o animal suspeito”, diz.
Em 2 de julho, a secretaria encaminhou os exames do rapaz para o laboratório de referência. Dois dias depois, o resultado deu positivo. Ele estava infectado com raiva, variante 3, ou seja, originária do morcego.
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