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DF: força-tarefa cobra funcionamento total do hospital de campanha no Mané

Grupo vistoriou unidade no Mané Garrincha e disse que local apresenta boas condições, mas preocupa demora para receber pacientes de Covid-19

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Equipamento de respiração hospital
1 de 1 Equipamento de respiração hospital - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Para investigar denúncias de irregularidades no Hospital de Campanha do estádio Mané Garrincha, a força-tarefa da Ação Conjunta da Saúde realizou vistoria na unidade de tratamento provisória do novo coronavírus, na manhã desta terça-feira (26/05). O local já está sendo usado para internar pacientes com a doença.

A vistoria não confirmou as denúncias de falta de equipamentos. “Tecnicamente, está muito bom. Há equipamentos de alta tecnologia e os pacientes estão devidamente isolados”, afirmou a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do DF, Dayse Amarilio.

Por outro lado, a Ação Conjunta ficou preocupada com o fato de o hospital ainda não estar totalmente pronto para funcionamento. Nas condições atuais, só há segurança para a operação de 20 leitos.

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Preocupação era com a chegada de equipamentos
Visita foi feita também no exterior da unidade
Equipamentos, no geral, foram elogiados
Unidade contou com 173 leitos de enfermaria
Apenas pacientes que estão no Hran podem ser deslocados para o hospital de campanha
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Preocupação era com a chegada de equipamentos

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Visita foi feita também no exterior da unidade

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Equipamentos, no geral, foram elogiados

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Unidade contou com 173 leitos de enfermaria

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Apenas pacientes que estão no Hran podem ser deslocados para o hospital de campanha

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Hospital já atingiu sua lotação máxima

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Hospital será desativado até o próximo dia 20

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O hospital foi concebido para contar com 197 leitos. Do total, 173 são de enfermaria adulto e 20 operam como suporte avançado. Por fim, quatro estão destinados quatro para emergência. A equipe de atendimento ainda se encontra em montagem. O objetivo é contar com 300 colaboradores.

“Hoje há 18 pacientes internados. O hospital não está funcionando”, assinalou Dayse Amarilio. Outro ponto, de acordo com a vistoria, é que ainda não há condições para a oferta de unidades de tratamento intensivo (UTIs). Os leitos de suporte avançado não possuem os equipamentos para tratar de um paciente crítico.

“Se o paciente desestabilizar, ele tem que ir para outra unidade”, alertou a representante dos enfermeiros. Há uma ambulância, mas não existe uma equipe de resposta rápida em caso de emergência. “O hospital não funciona em toda capacidade”, completou.

Sem acesso total

A Ação Conjunta não teve pleno acesso aos contratos de operação do hospital de campanha. Para Dayse Amarilio, não há ideia do custo de operação. Outro ponto preocupante é a presença de muitos terceirizados. O grupo não recebeu a informação de quais contratos estão custeando esses profissionais responsáveis pela limpeza e segurança.

Apenas pacientes vindos do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) poderão ser transferidos para a unidade de campanha. “A gente não percebeu registro patrimonial dos equipamentos”, explicou Amarilio.

“Tem condições de fazer atendimento adequado, mas com fragilidades porque é um hospital em estruturação, não está totalmente montado”, opina o deputado distrital Fabio Félix (PSol).

Participante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, Perla Ribeiro diz que a situação de outras unidades, como o de Ceilândia e a UPA de Samambaia, é mais problemática. “Nossa preocupação é com a demora do processo de instalação do hospital de campanha”, afirma.

Contratos

A unidade no Mané Garrincha funciona com respaldo de dois contratos. O primeiro, de R$ 79 milhões, é para formação da equipe, gerenciamento de leitos e fornecimento de insumos e equipamentos. A contratação se tornou objeto de investigação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por suspeita de direcionamento.

O segundo contrato tem como principal objetivo a adequação técnica do hospital ao estádio, incluindo obras para a instalação de unidades de tratamento intensivo (UTIs) e adaptação de ar-condicionado.

A força-tarefa é formada por integrantes da seccional do DF da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Regional de Enfermagem (Coren-DF), Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF) e MPDFT. Também tem o apoio da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF (CLDF), do Conselho Regional de Psicologia do DF (CRP-DF), do Conselho de Saúde do DF e do Conselho Regional de Saúde de Brasília.

O que diz a secretaria

A Secretaria de Saúde enviou nota à reportagem explicando que o hospital de campanha começou a funcionar na última sexta-feira (22/05) e, por isso, está sendo ativado por etapas, conforme cronograma preestabelecido no edital. “Hoje, já conta com 111 leitos de enfermaria em funcionamento, dos 173 previstos, todos equipados para este perfil de pacientes”, afirma o comunicado.

Ainda de acordo com a nota, dos 20 pacientes enviados, dois receberam alta e um terceiro foi transferido para a UPA do Núcleo Bandeirante. “A pasta informa que o contrato com a empresa prevê a contratação dos profissionais de saúde que irão atuar nesta unidade e que todos os equipamentos lá utilizados passarão ao patrimônio da secretaria ao fim do contrato”, conclui.

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