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DF foi a única unidade da Federação sem seca no mês de julho, diz agência

Apesar da estiagem, típica nesta época do ano na capital, os dois principais reservatórios responsáveis pelo DF estão em quase 100%

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Agência Nacional das Águas/ Divulgação
Abastecimento de água no DF
1 de 1 Abastecimento de água no DF - Foto: Agência Nacional das Águas/ Divulgação

Um balanço divulgado nesta quarta-feira (26/8) pela Agência Nacional de Águas (ANA) mostra que, apesar da estiagem, típica nesta época do ano, o Distrito Federal foi a única unidade da federação que não registrou seca no mês de julho. Os dados foram compilados pelo Monitor de Secas, uma ferramenta que analisa a evolução das secas a cada mês em 15 estados brasileiros e no DF.

De acordo com a agência, o monitor indica uma seca relativa, ou seja, categorias dentro de uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região ou a ausência do fenômeno. A ausência de chuva por si só não significa seca, e sim estiagem, de acordo com a ANA.

No DF, de maio a agosto, é comum que não haja precipitações, o que faz com que, quem mora na capital, classifique o evento como seca. Porém, de acordo com a agência, não foi registrada seca em junho nem em julho nesta unidade da federação, e sim, estiagem, o que já era esperado, como característica climática regional.

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O reservatório do Descoberto é o principal responsável pelo abastecimento do Distrito Federal
O excesso da água da Barragem do Descoberto é aproveitado
Barragem do Paranoá
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A população do DF passou por um período de racionamento entre 2017 e 2018

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O reservatório do Descoberto é o principal responsável pelo abastecimento do Distrito Federal

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O excesso da água da Barragem do Descoberto é aproveitado

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A Resolução ANA nº 31/2020 estabelece que o Monitor de Secas é um processo de acompanhamento regular e sistemático da situação no país, com classificação do grau de severidade e impactos associados ao fenômeno em escala regional, além de sua evolução com o passar do tempo.

O monitor é feito em parceria com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Apesar de a ferramenta estar em funcionamento desde 2014 para os estados da região Nordeste, somente no fim de 2018 outras regiões passaram a ser monitoradas. Atualmente, quatro das cinco regiões brasileiras são analisadas pelo Monitor, que auxilia na execução de políticas públicas de combate à seca.

Reservatórios

Os índices de seca têm relação direta com os níveis dos reservatórios do Distrito Federal: quanto mais amena é a estiagem, mais altos tendem a ficar os níveis dos reservatórios que abastecem a capital. Nesta terça-feira (25/8), o Descoberto estava com 92,7% de seu volume útil e Santa Maria com 97,4%. Os dois reservatórios são responsáveis pelo abastecimento de água para quase 80% da população do DF.

A gerente de Recursos Hídricos e Segurança de Barragem da Caesb, Eloneide Franca, esclarece que os reservatórios de acumulação de água estão com percentuais acima do esperado para o período, devido principalmente ao período chuvoso que se prolongou em 2020.

“É importante salientar que, como o período chuvoso se prolongou, existe a possibilidade do período de estiagem também se prolongar, logo é necessário manter o uso consciente da água”, reforça a gerente.

Racionamento

Dessa forma, mesmo com tantas notícias positivas, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) ressalta a importância do uso consciente da água em qualquer período do ano. O volume de água usado por cada morador impacta diretamente no abastecimento à população.

A água tem sido fundamental no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, mas é preciso cautela para não haver desperdício. Para se ter ideia, um banho de vinte minutos, por exemplo, usa, em média, 130 litros de água. Mais do que os 110 litros recomendados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para uso diário por pessoa para necessidades de consumo e higiene.

Uma torneira aberta continuamente durante três minutos tem um gasto de 18 litros de água. Ao escovar os dentes recomenda-se fechar a torneira e só abrir quando for enxaguar a boca. Na lavagem da louça, a atitude deve ser a mesma. Com a torneira aberta continuamente, o gasto médio é de 240 litros. Abrindo e fechando a torneira, o gasto cai para 70.

Uma torneira mal fechada desperdiça 46 litros por dia. Uma correndo em filete gasta 180 a 750 litros. Já uma ligada normalmente pode gastar até 12,5 mil litros de água por dia. Uma descarga comum gasta de sete a 10 litros de água. É necessário sempre observar se a válvula está regulada, se não há furos nos canos e as torneiras da casa estão bem fechadas.

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