DF: falhas na sede da Justiça Federal facilitam entrada de escorpiões
Inspeção da Vigilância Sanitária verificou que problemas no edifício favorecem o acesso de animais. Órgão recomenda reparos
atualizado
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A Vigilância Sanitária identificou diversos pontos no Edifício Sede 2, da Justiça Federal no DF, que favorecem a entrada de escorpiões e baratas. Inspeções realizadas nos Blocos G e D, no Setor de Autarquias Sul, apontam ainda o risco de focos do mosquito Aedes aegypti. Os agentes encontraram luminárias abertas, má fixação de espelhos e tomadas, materiais armazenados de forma incorreta, caixa de fios aberta, buracos no teto e paredes, entre outros problemas.
O órgão recomendou a adoção de medidas preventivas a fim de evitar o aparecimento de escorpiões e vetores de doenças, como baratas, mosquitos e roedores. “O escorpião amarelo, espécie Tityus serrulatus, adaptou-se muito bem aos abrigos urbanos, representados pelas caixas de esgoto, de telefones, de luz e outros locais que reúnem condições ideais de umidade, temperatura, luminosidade e oferta de alimentos que possibilitem sua permanência”, diz a inspeção.
As vistorias foram realizadas a pedido do juiz federal ltagiba Catta Preta Neto. Em ofício enviado à Secretaria de Saúde, ele demonstrou preocupação com as mortes ocorridas no DF devido à dengue e aos incidentes envolvendo escorpiões.
“Os servidores desta seção judiciária relatam a presença de mosquitos no ambiente laboral. Há também incidentes envolvendo escorpiões. Solicito os bons préstimos no sentido de providenciar vistoria”, pede o magistrado.
Durante as vistorias, foram encontradas algumas irregularidades, como:
- Aberturas na parte elétrica;
- Canaletas e ralos sem telas;
- Ausência de luminárias em alguns locais;
- Abertura no forro;
- Material mal-acondicionado no almoxarifado.
Veja fotos:
Como solução, a Vigilância Sanitária sugeriu que sejam fechadas as aberturas na luminária, no forro, no ar-condicionado, no registro do filtro e na caixa de distribuição.
Além disso, sugeriu a fixação de espelhos de tomadas, evitando, assim, a passagem ou o abrigo dos escorpiões. No caso do controle de baratas, recomendou-se o uso de formulações sólidas de veneno (gel ou pó).
Nos dias 2 e 3 de outubro, serão realizadas palestras para abranger assuntos como: arboviroses, animais peçonhentos, ratos, escorpiões e morcegos. A Vigilância Sanitária ainda informou que, há três meses, foi feita desratização nos mesmos locais.
Procurada pela reportagem, a Justiça Federal não havia se manifestado até a última atualização deste texto.