DF: faculdade é esvaziada após vazamento de ácido
Alunos e funcionários da UDF tiveram de deixar o prédio na Asa Sul depois de frasco se quebrar e ocorrer vazamento do produto
atualizado
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Alunos e funcionários do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), na 704/904 da Asa Sul, tiveram que deixar o prédio na tarde desta quinta-feira (21/2) após vazamento de ácido. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil estão no local, que foi interditado. Por medida de segurança, as aulas noturnas acabaram suspensas.
Segundo um dos bombeiros que está no local, funcionários faziam o transporte de ácidos sulfúrico, bórico, entre outros, quando um dos frascos caiu e se quebrou. Os bombeiros dizem que o vazamento é de acido acético glacial.
O produto é conhecido por ser um ácido fraco, corrosivo, com vapores que causam irritação nos olhos, ardor no nariz e garganta, bem como congestão pulmonar. Em sua forma impura, é popularmente conhecido como vinagre. Quando está livre de água, é chamado de ácido acético glacial.
Após o vazamento, um funcionário da empresa que fazia o transporte do ácido teve queimadura de segundo grau na região lombar e perna, em menos de 5% do corpo. Ele foi transportado pelos bombeiros ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Estava consciente e orientado.
De acordo com o tenente Machado, do Corpo de Bombeiros, o prédio seguirá interditado para que a equipe especializada em produtos perigosos da corporação faça a neutralização da substância. Com isso, as aulas do período noturno serão canceladas.
Alunos e professores disseram que o produto químico estava sendo levado para um laboratório no subsolo do prédio, quando caiu na escada. Vídeo ao qual o Metrópoles teve acesso confirma essa informação. A substância é de cor preta. A remoção será feita pela empresa responsável pelo ácido, que já está no local. Por volta das 16h30, uma equipe da Defesa Civil chegou à faculdade.
Além do homem que teve queimaduras, testemunhas dizem que três pessoas sentiram náuseas. De acordo com o estudante Glauber Ancelmo, 20 anos, ele e os colegas de turma foram avisados por outro aluno sobre o vazamento. “Estava no laboratório de informática e vieram nos avisar. Não teve alarme, não teve nada”, garantiu. Patrícia Trindade, 23, disse que o cheiro era “insuportável”. “Mais forte que gás de cozinha. Disseram que um cano de gás estourou”, afirmou.
Nota da UDF
Em nota, o Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) confirmou que, por volta das 15h30, produtos químicos (ácido acético) foram derrubados no momento da sua entrega à instituição pelo fornecedor responsável pelo transporte. O incidente ocorreu na escada de acesso ao almoxarifado, localizado no subsolo do edifício-sede do UDF.
“As substâncias provocaram um forte odor no local, e o Corpo de Bombeiros foi acionado por medida de segurança”, informou a UDF. A instituição foi evacuada e o local do acidente interditado preventivamente para que seja feita a devida limpeza da área atingida. “Apenas o funcionário da empresa transportadora dos produtos teve contato com as substâncias. Ele foi atendido por equipe médica e teve leves queimaduras na perna (de segundo grau), mas já foi liberado e passa bem”, destacou o centro universitário.
A instituição informou ainda que, por medida de segurança, as aulas desta quinta (21/2) foram e permanecerão suspensas até a liberação pelo Corpo de Bombeiros. “Vale ressaltar que o UDF está tomando todas as providências necessárias, prestando suporte aos envolvidos, e informará a imprensa assim que as atividades forem normalizadas”, assinalou.
Susto no Ministério da Defesa
No dia 14 de fevereiro, o Ministério da Defesa, que fica no Bloco Q da Esplanada dos Ministérios, precisou ser esvaziado após um vazamento de gás no prédio. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi até o local para averiguar a situação.
De acordo com testemunhas, a evacuação começou às 15h10. O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, também estava presente no momento e teve que descer. No entanto, após 25 minutos, o Corpo de Bombeiros concluiu que não havia riscos, e todos puderam retornar ao prédio.
A corporação deslocou duas viaturas e nove militares para atender a ocorrência no Ministério da Defesa. O problema aconteceu no sexto andar, onde está sendo feita uma obra que teria atingido a canalização de gás. Houve um pequeno vazamento, o qual foi reparado pela própria empresa responsável pela reforma.
Os bombeiros tiveram que adotar procedimentos de segurança, como corte de energia, evacuação do prédio e monitoramento do reparo da canalização. Logo depois, foi feita uma ventilação no local e o público foi liberado para suas atividades normais. Não houve vítimas e ninguém precisou ser transportado ao hospital.