DF: ex-goleiro e ex-soldado presos por golpe de R$ 230 mil na internet
Os dois e mais um comparsa foram alvos de mandados nesta segunda (12/08/2019). Segundo a PCDF, eles lesaram empresas de São Paulo
atualizado
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Três homens, entre eles um ex-soldado do Exército que serviu no Haiti e o ex-goleiro Paulo Henrique França da Costa (foto de destaque), foram presos nesta segunda-feira (12/08/2019), pela Polícia Civil do DF, suspeitos de fraudarem instituições bancárias em mais de R$ 230 mil.
Segundo as investigações, Paulo Henrique, 26 anos, que defendeu as equipes do Gama e Ceilândia, seria responsável por recrutar diversas pessoas residentes no Distrito Federal, com o objetivo de emprestarem suas contas bancárias para receberem recursos subtraídos, via internet, de contas de empresas localizadas em São Paulo.
De acordo com a PCDF, o ex-goleiro contava com o apoio do ex-militar do Exército Ricardo Calony da Silva, 27, e Tiago Vinícius da Silva, 33. Eles foram alvos de mandados de prisão, cumpridos por equipes da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e da Coordenação de Crime Organizado (Cecor).
Segundo o delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuliani, o grupo aplicava as fraudes por meio de um banco nacional. Os investigadores decidiram não revelar o nome da instituição para não atrapalhar as apurações.
Após descobrir empresas que tinham contas nesse banco, os envolvidos hackeavam a conta e realizavam as transferências bancárias. “Através de mecanismos de capturar de senhas, eles conseguiam os dados dessas empresas e faziam as transferências para Brasília. O Paulo Henrique fazia o aliciamento aqui no DF”, disse o delegado.
Segundo Zuliani, a PCDF chegou aos envolvidos após analisar casos de seis empresas que foram vítimas do golpe desde dezembro de 2018 até atualmente. Apenas neste período, os criminosos arrecadaram cerca de R$ 300 mil.
Ainda de acordo com o delegado, pelo menos 13 pessoas do DF emprestaram contas bancárias para receber os valores e ganhavam cerca de 10% do valor roubado originalmente de uma empresa de São Paulo. Já identificadas, elas prestarão depoimento na delegacia e devem responder por receptação, caso condenadas.
Em imagens adquiridas pela PCDF, é possível ver Paulo Henrique passando informações a um possível “laranja” em um banco no dia 25 de junho deste ano. “Temos saques no valor de R$ 85 mil”, revelou o delegado.
Veja:
As empresas vítimas da fraude, segundo Zuliani, prestavam os mais diversos serviços. “Tem uma transportadora, uma empresa de casamentos, uma clínica de terapia e até uma escola.”
Nos próximos dias, os investigadores vão ouvir essas empresas e seguir as investigações em busca de outros envolvidos. “As apurações continuam no DF e fora. O braço aqui era o Paulo Henrique, mas as fraudes ocorriam em outros estados também e agora vamos buscar por mais pessoas envolvidas neste crime”, afirmou.