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DF: em 2 meses, incidência da Covid passa taxa do 2º semestre de 2021

Em contrapartida, a taxa de mortalidade ficou mais de 10 vezes menor na comparação entre os mesmos períodos

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Enfermeira fazendo teste da Covid em homem
1 de 1 Enfermeira fazendo teste da Covid em homem - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal divulgou um balanço com diversos indicadores sobre o impacto da Covid-19 no DF. Durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (18/2), um dado chamou a atenção.

Até 16 de fevereiro deste ano, a taxa de incidência da Covid-19 (veja quadro abaixo) ultrapassou a marca registrada no 2º semestre do ano passado.

O indicador refere-se à proporção de casos por 100 mil habitantes entre as notificações de moradores do Distrito Federal na respectiva faixa-etária.

Veja:

Coletiva Secretaria de Saúde 18.02.2022

Segundo a pasta, a taxa de incidência — registrada em 4.292,05 até 16 de fevereiro deste ano — retrata a “explosão significativa de casos de Covid-19 por conta da variante Ômicron no DF”. Em 2022, foram notificados 669.062 casos e média de 2.863,1 infecções diárias.

Em contrapartida, ao se comparar ao mesmo período citado acima, a taxa de mortalidade ficou mais de 10 vezes menor do que a registrada no segundo semestre de 2021.

Para a pasta, tanto a queda na taxa de mortalidade quanto no total de óbitos é uma vitória e “demonstra claramente a efetividade da vacinação na população”.

Vacinação de crianças no DF

A partir deste sábado (19/2), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal espera vacinar mais de 15 mil crianças a partir de 6 anos e que não tenham doenças imunossupressoras.

Segundo a pasta, os pais poderão levar os filhos aos postos de saúde após o fim do tempo de espera de 28 dias entre a primeira dose e a 2ª dose de Coronavac de quem se vacinou entre 22 e 28 de janeiro de 2022.

Do público-alvo de 268 mil crianças acima dos 5 anos, cerca de 126 mil iniciaram o esquema vacinal. Isso representa uma taxa de 46,6%.

Transmissibilidade da Ômicron

Desde que a variante Delta do coronavírus foi identificada pela primeira vez, na Índia, a comunidade científica menciona a possibilidade de a cepa ser “mais transmissível”. Após a chegada da Ômicron, o discurso tornou-se mais popular, o que explica por que o mundo foi varrido por mais uma onda de casos da Covid-19.

A infectologista Ana Helena Germoglio detalha que a variante Ômicron tem mais de 30 mutações na proteína spike, estrutura que permite a entrada do coronavírus nas células. As alterações garantem à cepa maior adesão às células do organismo infectado, o que faz com que o vírus se reproduza com mais facilidade no corpo.

Algumas dessas mudanças também estão relacionadas ao escape do sistema imune. Por isso, pessoas que já tiveram a doença ou foram vacinadas podem ser reinfectadas.

“Outro ponto é que a Ômicron se multiplica no trato respiratório superior, ou seja, do pescoço para cima. Isso facilita muito a propagação do vírus. No fim das contas, ela é mais transmissível porque o paciente com Covid-19 libera mais vírus e a pessoa que recebe tem menos barreiras para se defender”, ensina a especialista.

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