DF: eleitores filiados a partidos crescem 6,2% em 4 anos. Veja ranking
Atualmente, a sigla com mais integrantes é o PT, seguido pelo MDB. Especialista afirma que associados são importantes para a democracia
atualizado
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Em quatro anos, o número de eleitores do Distrito Federal filiados a algum partido político aumentou 6,27%. Um levantamento feito pelo Metrópoles com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que, entre as atuais cinco maiores siglas, duas tiveram quedas de mais de 10% no número de eleitores membros.
Atualmente, a sigla com mais integrantes é o PT, com 30.717, seguido pelo MDB, que soma 27.257. Entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2022, dois anos eleitorais, o crescimento das siglas foi de 59,56% e 7,23%, respectivamente.
Em seguida, no ranking, aparece o PSDB, com 19.512 filiados. Apesar do número, o partido teve queda de 30,15% nos últimos quatro anos. Durante o período analisado, o total de associados a partidos saiu de 197.610 para 210.018.
Impacto nas eleições
O primeiro turno das eleições de 2022 está marcado para 2 de outubro. Na disputa pelo cargo de governador da capital federal, há sete partidos que anunciaram pré-candidatos. São eles: Keka Bagno (PSol); Rafael Parente (PSB); Leandro Grass (PV); João Vicente Goulart (PCdoB); Professor Lucas Salles (DC); Leila Barros (PDT); e Izalci Lucas (PSDB).
Há a expectativa do anúncio dos nomes do governador Ibaneis Rocha (MDB), que deve buscar a reeleição, e do senador José Antônio Reguffe (União Brasil). No PT, ainda não há definição de quem será o candidato ao Palácio do Buriti. Entre os aspirantes à vaga estão a ex-presidente do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) Rosilene Corrêa e o ex-deputado Geraldo Magela. A recém-criada federação partidária entre PT, PV e PCdoB torna as decisões entre os pré-candidatos ainda mais incerta.
Para o cientista político Nauê Bernardo, o número de eleitores filiados indica base maior e capilaridade na busca por outros apoios. “No entanto, tratando-se de eleições para o Legislativo, esse número sozinho não é decisivo para desequilibrar o pleito em favor de ‘a’ ou ‘b’, é apenas mais um fator. Para eleições do Executivo, sozinho não desequilibra, mas ajuda a eleger”, detalha.
“Os filiados ajudam a construir o partido por dentro, tomando decisões e apoiando as atividades partidárias. Essas pessoas acabam tendo um papel muito subestimado na sociedade, mas são importantíssimas para a construção do processo democrático. No fim, são a cara e a voz dos partidos para a sociedade”, explica Nauê.
Para o especialista, é importante que os partidos procurem filiar os eleitores. “Fortalecer os partidos com democracia interna firme e participação dos eleitores, sobretudo mediante filiação, é um caminho saudável para o fortalecimento do regime democrático da nossa República”, destaca.
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