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DF: dupla vendia álcool para churrasqueira como álcool em gel 70%

Criminosos anunciavam o produto em sites de compra e venda on-line. Um dos suspeitos está foragido

atualizado

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PCDF/Divulgação
Álcool apreendido pela PCDF
1 de 1 Álcool apreendido pela PCDF - Foto: PCDF/Divulgação

Um homem foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) acusado de vender solução de álcool em gel para acender churrasqueira como álcool 70%, usado na prevenção ao novo coronavírus.

A detenção foi realizada pela Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Coorpatri) e ocorre após o Metrópoles revelar esquema no qual criminosos fabricam e vendem álcool em gel pirata na web.

De acordo com o delegado Erick Sallum, o suspeito anunciava o produto em um site de vendas on-line e depois tratava da negociação com o possível comprador através do WhatsApp.

“Fazia revendas no Mercado Livre e na OLX e descobrimos que o rapaz estava anunciando esse álcool em gel ilegal. Um policial se passou por comprador e descobriu onde ficava esse álcool”, explicou.

O suspeito foi preso em flagrante e um comparsa está foragido. Foram apreendidas 36 garrafas da substância. “Estão comprando esses garrafões, que são álcool pra usar em churrasqueira, e vendendo como 70% para a população”, continuou o investigador. A prisão foi realizada no Gama.

Sallum explica que, além das atribuições ordinárias da delegacia especializada, a Corpatri, há uma determinação da direção-geral da PCDF para fazer um esforço conjunto e cooperar no combate aos crimes ligados a pandemia. Os trabalhos intensivos da corporação resultaram na interdição de seis fábricas clandestinas e quatro prisões em flagrante.

Oportunistas

Com alta demanda e pouca oferta, criminosos estão aproveitando para lucrar com a venda de álcool em gel na internet. O produto é uma das principais armas no combate ao novo coronavírus.

Com fábricas clandestinas e manipulação inadequada de líquidos inflamáveis, infratores colocam a vida de outros, e a própria vida, em risco. Os itens usados nas misturas variam de gel para cabelo, solução para ultrassom e etanol.

A fabricação é feita de forma improvisada, em casas e galpões no Distrito Federal. Os itens, de baixo custo e eficácia não comprovada, após misturados, embalados e rotulados, são vendidos em grande escala para farmácias e na web.

O preço final para o consumidor, mesmo se tratando de um produto clandestino, é salgado. Varia de R$ 25 a R$ 50 a unidade.

Metrópoles encontrou na internet anunciantes do DF e Entorno que vendiam o produto em embalagens de 300 g a galões de 5 litros. As marcas são desconhecidas, e os rótulos apresentam instruções em inglês. Quando em português, estampam erros gramaticais como “Limpeza complementar das mão”.

Anúncio de álcool em gel na internet
Anúncio de álcool em gel na internet

Em conversa com um dos vendedores, por telefone, o homem afirma que a marca é nova no mercado e que vende de cinco a 10 unidades por dia. Para tornar a oferta mais atrativa, ele oferece frete grátis para qualquer região do DF.

A marca com a qual o vendedor trabalha, a Álcool Plus, é a mesma que foi alvo da Operação Mau Negócio da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A ação, deflagrada na última terça-feira (24/03), resultou na apreensão de 588 unidades falsificadas.

O número de apreensões desse tipo de mercadoria ultrapassa 1,3 mil em menos de uma semana de fiscalização. O crime contra a saúde pública é hediondo e tem pena de 10 a 15 anos. Os comércios que colocarem à venda esse tipo de produto também podem responder pelo crime.

Fique atento

Antes de adquirir o produto é preciso verificar se a empresa tem autorização para fabricá-lo. Basta seguir esses passos:

– Acesse o site da Anvisa e clique na aba “serviços”;

– Clique na aba “Cidadão” e depois em “Consultas a empresas autorizadas”;

– Clique em “Acesse o serviço” e no ícone “Funcionamento de empresa”;

– Por último, clique em “Consultar empresa nacional” e insira o CNPJ do estabelecimento. Por fim, clique em “Consultar”.

As fiscalizações seguem no Distrito Federal. Os empresários que adquiriram os produtos clandestinos serão identificados e notificados.

 

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