DF: dono de tubarão escondia serpentes, pítons, teiú e moreia em cativeiro
Outros dois tubarões também foram encontrados pela Polícia Civil do DF no endereço em Vicente Pires
atualizado
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O proprietário do tubarão-lixa localizado, nesta sexta-feira (10/7), pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em um cativeiro clandestino, em Vicente Pires, também mantinha várias outras espécies exóticas no local.
Segundo os investigadores, o homem escondia outros dois tubarões, cinco jiboias, duas cobras Pítons, um teiú e uma moreia. Ele apresentou documentação apenas para justificar a posse de uma jiboia e do teiú.
O flagrante ocorreu após a Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes Contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) receber denúncia anônima.
Uma das espécies silvestres encontradas pela PCDF no local é o tubarão-lixa (foto em destaque). O animal aparenta ser da espécie tubarão-lixa ou enfermeiro e pode medir até 4 metros de comprimento. As fêmeas têm entre 1,2 metro e 3 metros.
O suspeito responderá pelos crimes de maus-tratos, posse de espécie silvestre sem autorização e introdução de espécie animal no país licença. Se somadas as penas, ele poderá ficar detido por até 3 anos. Todos os delitos prevem aplicação de multa.
Tráfico de animais exóticos
Após a repercussão do caso envolvendo um estudante de medicina veterinária picado por uma cobra Naja, a PCDF tem recebido inúmeras denúncias sobre o paradeiro de animais exóticos criados sem autorização.
Desde que o caso veio à tona, a corporação tomou conhecimento da localização de várias serpentes silvestres encontradas em uma chácara de Planaltina.
Há suspeita de que as cobras tenham relação com o grupo de colecionadores de cobras exóticas alvo de investigação da Polícia Civil do DF (PCDF).
Os investigadores suspeitam de que os proprietários integrem esquema de tráfico de animais silvestres. Segundo o delegado Willian Ricardo, responsável pelas investigações na 14ª Delegacia de Polícia (Gama), os próximos passos dos agentes serão identificar a rede de comercialização dos animais e saber, de fato, o que ocorreu no dia em que o universitário foi atacado pela cobra.