metropoles.com

DF: dezenas de feiras reabrem nesta quarta. Veja as regras para frequentar

Após três meses fechados, feiras livres e shoppings populares funcionarão das 9h às 17h, seguindo protocolos contra o novo coronavírus

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
mulher limpando chão
1 de 1 mulher limpando chão - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Entra em vigor nesta quarta-feira (17/06) o decreto do Executivo que autoriza a reabertura de todas as feiras do Distrito Federal. Ao todo, são 43 feiras livres e três shoppings populares que se juntam às 38 feiras permanentes autorizadas a funcionar desde abril. Os estabelecimentos estarão abertos das 9h às 17h.

Para reabrir, após três meses de suspensão das atividades devido à pandemia do novo coronavírus, os administradores dos espaços precisam seguir várias orientações estabelecidas pelo Governo do Distrito Federal (GDF).

Entre as regras para a reabertura, está a obrigatoriedade de garantir a distância mínima de dois metros entre as pessoas, fornecer álcool em gel aos frequentadores, medir a temperatura de quem for entrar nos estabelecimentos e afastar do trabalho funcionários que integrarem o grupo de risco da Covid-19.

Na Feira dos Importados, um dos principais centros de venda do DF, está tudo pronto para o retorno do público (foto em destaque e na galeria abaixo). “Fizemos o treinamento de todos os nosso colaboradores, colocamos mais de 70 dispensers de álcool em gel e ainda colocamos um túnel de desinfecção na entrada”, conta Edilson Neves, vice-presidente da Cooperativa de Produção e de Compra em Comum dos Empreendedores da Feira dos Importados (Cooperfim).

Para garantir que todos os clientes tenham a temperatura aferida, apenas uma das 12 entradas do local ficará aberta. Outros dois portões funcionarão apenas como saída.

Confira as imagens dos preparativos na Feira dos Importados: 

10 imagens
Álcool em gel está por toda a feira
Solicitação de alvarás para ocupação de feiras e quiosques também poderão ser feitas digitalmente
Uma necessidade básica, após 90 dias parado
Lojas de eletrônicos também se prepararam para a volta dos clientes
Feira foi autorizada a reabrir nesta quarta-feira (17/06)
1 de 10

Na Feira dos Importados, haverá até túnel de desinfecção

Rafaela Felicciano/Metrópoles
2 de 10

Álcool em gel está por toda a feira

Rafaela Felicciano/Metrópoles
3 de 10

Solicitação de alvarás para ocupação de feiras e quiosques também poderão ser feitas digitalmente

Rafaela Felicciano/Metrópoles
4 de 10

Uma necessidade básica, após 90 dias parado

Rafaela Felicciano/Metrópoles
5 de 10

Lojas de eletrônicos também se prepararam para a volta dos clientes

Rafaela Felicciano/Metrópoles
6 de 10

Feira foi autorizada a reabrir nesta quarta-feira (17/06)

Rafaela Felicciano/Metrópoles
7 de 10

Henry Pablo, gerente de uma loja de artigos esportivos

Rafaela Felicciano/Metrópoles
8 de 10

Limpeza foi grande dentro da feira

Rafaela Felicciano/Metrópoles
9 de 10

Vários funcionários foram mobilizados

Rafaela Felicciano/Metrópoles
10 de 10

Preparativos duraram toda a terça-feira

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Prejuízos

A Feira dos Importados, no entanto, não voltará do mesmo jeito que estava antes da pandemia do novo coronavírus. Segundo Edilson, pelo menos 10% dos lojistas, o que corresponde a 200 do total de bancas, precisaram abandonar o espaço por falta de dinheiro. “São pessoas que pagam aluguel, fornecedor e as outras contas com aquilo que vende. Se para de girar, não tem como se manter”, diz.

Para Henry Pablo, 29, gerente da loja Sport Maya, localizada no interior da feira, o tempo fechado foi difícil, mas trouxe nova oportunidade: o comércio digital. “A gente nunca tinha trabalhado com venda on-line e pretendemos manter mesmo após reabrirmos. Mexemos com artigos esportivos e muita gente nos procurou para comprar material e treinar em casa”, conta.

O mesmo não podem dizer os responsáveis pela loja de artigos eletrônicos Cinquenta e Um. Foram três meses praticamente parados e a reabertura é vista como possibilidade de voltar a vender. Os cuidados tomados são a aposta para chamar a clientela. “A gente se põe no lugar de quem vem, que quer segurança. Fizemos toda a limpeza da loja hoje [terça-feira] para ver se o movimento volta”, diz o vendedor Arthur de Souza, 20.

Feirantes queriam ter voltado antes

O dono da loja Interligados, Denilson Nunes, 38, considera a situação atual crítica. O estabelecimento contava com 20 funcionários: 13 foram dispensados durante o trimestre de portas fechadas. Os sete restantes estavam com contrato suspenso. “Foram três meses em que as contas não pararam. O aluguel desse espaço de 20m x 10m é R$ 15 mil. Quem consegue se manter sem trabalhar?”, reclama.

Segundo ele, o ideal era que o funcionamento do espaço tivesse sido retomado em 27 de maio, ao mesmo tempo que os shoppings. “Demorou a sair essa decisão, mas chegou. O que a gente quer é trabalhar. Sabemos do risco, mas fome também mata”, avalia.

Saiba mais sobre a expectativa dos comerciantes do lugar: 

7 imagens
Denilson reclama do prejuízo que teve enquanto estava fechado
Arthur está preparado para reabrir a loja de artigos eletrônicos em que trabalha
DF Legal atuou com a PMDF no último dia de proibição das atividades no local
Várias lojas foram fechadas compulsoriamente
Entrada da feira foi desinfectada pela Administração Regional do SIA
1 de 7

Vários comerciantes transportavam produtos para suas lojas

Rafaela Felicciano/Metrópoles
2 de 7

Denilson reclama do prejuízo que teve enquanto estava fechado

Rafaela Felicciano/Metrópoles
3 de 7

Arthur está preparado para reabrir a loja de artigos eletrônicos em que trabalha

Rafaela Felicciano/Metrópoles
4 de 7

DF Legal atuou com a PMDF no último dia de proibição das atividades no local

Rafaela Felicciano/Metrópoles
5 de 7

Várias lojas foram fechadas compulsoriamente

Rafaela Felicciano/Metrópoles
6 de 7

Entrada da feira foi desinfectada pela Administração Regional do SIA

Rafaela Felicciano/Metrópoles
7 de 7

Funcionários capricharam na limpeza na véspera da reabertura

Rafaela Felicciano/Metrópoles

 

Apesar da tentativa de voltar a funcionar, Robert Rodrigues, especialista em processo do trabalho, explica que o GDF tem várias justificativas para não considerar a Feira dos Importados um shopping e ter adiado a retomada das atividades. “Os corredores são muito mais estreitos, vários ambulantes ficam na porta e o controle de acesso, geralmente, é mais difícil”, explica.

Outra diferença que o advogado do escritório Borba & Santos aponta é a dificuldade em realizar o teste de Covid-19 nos trabalhadores do lugar. “Nos shoppings, as pessoas são contratadas, muitos na Feira dos Importados trabalham informalmente, o que dificultaria o controle que os shoppings estão fazendo”, argumenta.

Outro lado

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do DF (DF Legal) informou que “fiscaliza semanalmente feiras por todo o DF, e inclusive aos fins de semana concentra nas de maior movimento como a dos Importados e a Feira dos Goianos, entre outras. A fiscalização continua ao longo da semana.”

A Secretaria Executiva das Cidades, por sua vez, afirmou estar trabalhando na atualização de todas as feiras livres existentes no DF e sua localização, visto que algumas foram extintas e outras são pontos de revenda de produtos orgânicos, com até cinco expositores. Assim, a pasta está realizando mapeamento para melhor catalogar as unidades existentes no DF.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?