DF: crise econômica pode ter relação com aumento de pessoas queimadas
De 2020 para 2021, houve incremento de 50% nas ocorrências registradas no pronto-socorro do Hospital Regional da Asa Norte (Hran)
atualizado
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O número de pessoas que sofreram queimaduras aumentou 50% em um ano no Distrito Federal. O levantamento, apresentado pela Secretaria de Saúde durante coletiva nesta quinta-feira (24/2), considera os atendimentos realizados no pronto-socorro do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), unidade referência no atendimento de queimados. Em 2020, foram 2.084 casos na unidade, sendo que 14,8% necessitaram de internação. Em 2021, as ocorrências saltaram para 3.127, das quais 17,2% precisaram de internação.
De acordo com Ricardo de Lauro, chefe da Unidade de Queimados do Hran, o incremento dos registros pode ter relação com a crise econômica. “As pessoas de baixa renda estão tendo que cozinhar com combustíveis em função do preço do gás e as pessoas se acostumam a usar o álcool, ficando um pouco relapsas”, disse. Após apresentar os dados, Ricardo apresentou formas de prevenção de acidentes:
- Seguir normas de segurança.
- Evitar distrair-se quando em atividades de risco.
- Não utilizar álcool ou similares para cozinhar ou acender churrasqueiras,
fogueiras etc. - Não fumar enquanto lida com inflamáveis.
- Não sobrecarregar tomadas.
Segundo a Secretaria de Saúde, referência no atendimento a queimaduras no Distrito Federal e região Centro-Oeste, a Unidade de Queimados do Hran continuou funcionando normalmente desde o início da pandemia do novo coronavírus. Para ter atendimento na unidade, em caso de emergência, o cidadão deve procurar o pronto-socorro do Hran, onde será avaliado e internado, caso seja necessário, ou acompanhado pela equipe do ambulatório. Os pacientes recebem o tratamento no terceiro andar.
A emergência do Hran funciona 24 horas, todos os dias da semana. Além disso, há o ambulatório de portas abertas, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h, onde são realizadas trocas de curativos e acompanhamento de pacientes com queimaduras menos graves.