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DF chega a 278 casos confirmados de infecção por varíola dos macacos

Há, ainda, 221 casos suspeitos sendo investigados. A maior parte está na faixa etária de 20 a 39 anos

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1 de 1 imagem de tubos de ensaio sinalizando resultado positivo para varíola dos macacos - Metrópoles - mpox - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) registrou, nesta segunda-feira (3/10), quatro novos casos de infecção por varíola dos macacos. Segundo a pasta, com a atualização, a capital federal chega a 278 casos confirmados da doença.

Desse total, 267 dos pacientes são homens e 11, mulheres. Os exames laboratoriais descartaram outros 601 casos em investigação. A maioria está na faixa etária de 20 a 39 anos.

A pasta informou que 221 casos suspeitos ainda estão sendo investigados. Para a confirmação ou descarte da infecção, é necessário aguardar o resultado de exames laboratoriais.

A fim de suprimir dúvidas quanto à transmissão da monkeypox, o Metrópoles explica quatro mitos sobre o assunto:

Mito 1: “Apenas homens gays e bissexuais correm risco de pegar a doença”

Qualquer pessoa que viva ou tenha contato próximo com um paciente com feridas ou bolhas provocadas pelo vírus monkeypox corre risco de se infectar. Isso inclui parentes, parceiros afetivos e sexuais, bem como profissionais da saúde, independentemente do gênero ou da orientação sexual.

O presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez, explica que o início da transmissão da doença coincidiu com grandes eventos do calendário do orgulho gay e que o vírus encontra nas aglomerações o ambiente perfeito para se disseminar.

“Esse grupo de pessoas, por uma circunstância, estava em maior risco. Poderia ter sido no Carnaval. Muitos fatores fizeram com que o vírus encontrasse uma forma mais eficiente de transmissão. Isso não quer dizer que tenha relação com a orientação sexual”, afirma.

Mito 2: “O vírus não é transmitido pelo ar; logo, não preciso fazer isolamento”

O isolamento faz parte das medidas para conter o surto. O paciente deve permanecer em quarentena por cerca de 21 dias três ou até que todas as lesões estejam completamente cicatrizadas e sem casquinhas, segundo José David Urbaez.

Embora o vírus da varíola dos macacos tenha sido encontrado em uma amostra de sêmen, ainda não está comprovado se a transmissão pode ocorrer pelo contato com esperma ou fluidos vaginais. Ainda assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a doença uma infecção sexualmente transmissível (IST).

O contágio ocorre, principalmente, quando há contato próximo — que acontece pelo beijo, abraço, pela relação sexual oral ou com penetração — com fluidos das feridas ou bolhas de um paciente infectado. Outras vias de transmissão são por meio do compartilhamento de objetos e por superfícies contaminadas.

Mito 4: “A varíola dos macacos tem alto risco de morte”

Embora a doença possa causar quadros graves — com dor intensa causada pelas lesões na pele, acometimento da mucosa retal e cicatrizes permanentes por todo o corpo —, a taxa de mortalidade pela infecção do vírus monkeypox está abaixo de 1%.

“Felizmente, a doença tem letalidade muito baixa. Em alguns países da África, a letalidade é mais alta pela falta de acesso ao diagnóstico e ao tratamento, situação completamente diferente da nossa realidade”, pondera José David Urbaez.

Pessoas com o sistema imunológico comprometido, recém-nascidos e crianças muito novas correm risco de desenvolver quadros mais graves quando infectadas. No entanto, na maioria dos casos, os sintomas evoluem e desaparecem por conta própria em algumas semanas.

“No passado, entre 1% e 10% das pessoas com varíola dos macacos morreram. É importante notar que as taxas de mortalidade em diferentes contextos podem diferir devido a uma série de fatores, como o acesso aos cuidados de saúde”, comunicou a OMS.

 

 

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