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DF: casal cobrava até R$ 2 mil para não divulgar fotos íntimas

Segundo a PCDF, o homem e a mulher se relacionavam com terceiros em sites e pediam imagens de conteúdo sexual. Depois, extorquiam usuários

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1 de 1 PCDF9 - Foto: Fernando Caixeta/Metrópoles

A Polícia Civil do DF prendeu, nesta segunda-feira (24/06/2019), um casal acusado de extorquir usuários de site de relacionamento. Segundo as investigações, o homem e a mulher, usando perfis falsos, mantinham contatos com terceiros até conquistarem a confiança das pessoas e trocarem imagens íntimas ou de conteúdo sexual. As vítimas, depois, eram ameaçadas. A dupla exigia pagamentos de até R$ 2 mil para não divulgar as fotos e os vídeos.

Tiago Silva Morais, 29 anos, e Deusiene Pereira da Silva, 23, segundo a PCDF, usavam fotos de homens e mulheres atraentes para atrair a atenção e enganar as vítimas. “Eles tinham uma conversa muito envolvente, que acabava imediatamente após as vítimas mandarem fotos delas nuas. A partir daí, começavam as ameaças e extorsões. Eles procuravam por familiares daquelas pessoas nas redes sociais e diziam que, se não pagassem, eles enviariam as imagens para os parentes”, explicou o delegado-chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), Giancarlos Zuliani.

A polícia chegou aos golpistas após um casal denunciar o caso. Eles acreditavam que estavam conversando com a pessoa do perfil, com a intenção de fazerem um programa a três. Na delegacia, eles mantiveram as conversas com Tiago e Deusiene enquanto agentes decodificavam a localização da dupla. Os golpistas foram presos em uma casa, em Taguatinga Norte, por volta das 15h.

“Nós percebemos esse padrão criminoso e vínhamos investigando. Encontramos material íntimo de várias pessoas. É preciso ter muito cuidado porque, às vezes, você acha que é um Don Juan, mas é um criminoso”, orientou o delegado. De acordo com Giancarlos, os dois suspeitos estavam com o aluguel prestes a vencer e planejavam se mudar do Distrito Federal para aplicar golpes em outras cidades.

A quantia levantada pelos acusados de extorsão ainda está sendo apurada. De cada vítima, segundo o investigador, eles cobravam quantia que era depositada em contas emprestadas por laranjas. “Existia uma negociação na qual eles iam percebendo a condição financeira de cada um. Os valores variam de R$ 800 a R$ 2.000, mas precisamos que as outras vítimas venham aqui denunciar”, disse o delegado.

Eles foram autuados por extorsão e podem responder mais de uma vez pelo mesmo crime, a depender do número de vítimas.  Se condenados, podem pegar de 4 a 10 anos de prisão por cada caso. Foram identificadas mais cinco vítimas que estariam sendo extorquidas pelo casal.

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