DF cai uma posição no ranking de expectativa de vida em 2015
Brasilienses vivem, em média, 77,8 anos. Participantes do grupo “Divas Dance” dão a receita de vitalidade e saúde depois dos 60
atualizado
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Dança, um bom papo com as amigas e movimento. São alguns dos segredos da vitalidade e bem viver de Marilda Moraes, 76 anos, Clarice Ferreira, 64, e Maria José Borges, 68. Se continuarem cuidando do corpo e da mente, elas poderão ter muitos anos pela frente na capital do país, local que tem um dos mais altos índices de expectativa de vida do país.
Os brasilienses vivem, em média, 77,8 anos, assim como os paulistanos. A média nacional é de 75,5 anos. Apesar de ter melhorado a taxa de 2014 – 77,6 anos – a capital do país ainda ficou atrás de Santa Catarina e Espírito Santo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (Confira abaixo arte com os números de todo o país).
Aposentada há cinco anos, Marilda garante. “A disposição que o exercício físico traz é impressionante. Durmo melhor, caminho. Dançar é ótimo, fora as amigas que fiz aqui, é algo que vai além do benefício físico. Minha família apoiou desde o início, só recebi incentivo para continuar.”
Para Clarice, a dança não só lhe aproximou de um estilo de vida mais saudável como também afastou sua timidez. “Hoje em dia, levo uma vida mais leve. A atividade física melhorou meu dia a dia em uma porção de aspectos. Sempre fui muito fechada, muito crítica comigo mesma. Hoje sou outra pessoa.A dança me ajudou muito.”
Maria José também é aluna do projeto Divas Dance e, para ela, uma vida saudável se baseia em alguns aspectos. “Depois de uma certa idade, os filhos acham que temos que ficar em casa, cuidando dos netos. Pelo contrário, precisamos nos exercitar para manter a saúde, energia, vitalidade. Não é apenas a saúde física, mas também social e mental.”
Confira o ranking nacional do IBGE:
Brasília continua entre os primeiros lugares no ranking de expectativa de vida, mas já liderou a lista, em 2012. Em 2014, ficou na segunda posição. E agora, está na terceira. De acordo com o IBGE do DF, as causas dessa queda estão relacionadas a aspectos demográficos como: taxa de fecundidade, mortalidade geral e mortalidade infantil.
A variação, no entanto, não é significativa no entendimento do IBGE, pois não indica grandes mudanças nas condições de vida da população e podem ocorrer ao longo da série.
“Um lugar que proporcione uma melhor qualidade de vida, baixos índices de violência e de desigualdade social, consequentemente terá uma expectativa de vida maior”, explicou o pesquisador Mário Minamiguchi.
Outros fatores como alimentação saudável e prática de atividades físicas também contribuem para a melhoria na expectativa de vida.
De acordo com o sociólogo Carlos Rocha, mesmo caindo de posição no ranking, a capital ainda apresenta indicadores favoráveis ao longo dos anos. “Mas é necessário uma melhora em serviços públicos que influenciem na qualidade de vida dos moradores do DF. Principalmente em setores como educação e saúde”, disse.
Ainda segundo ele, a longevidade passa por hábitos saudáveis da população durante a vida. “As pessoas estão cada vez mais preocupadas. A medicina também proporciona chances maiores de detectar uma doença grave precocemente. Tudo isso contribui para uma maior expectativa de vida”.