DF bate recorde de bebês registrados sem o nome do pai. Veja números
Em 5,8% dos registros de nascimento do DF em 2022 só consta o nome da mãe, maior porcentagem de série histórica de 2016
atualizado
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O Distrito Federal está atingindo a maior proporção de pais ausentes de uma série histórica de seis anos. Dados do Portal de Transparência do Registro Civil, atualizados em outubro de 2022, mostram 5,8% dos registros de nascimento do DF deste ano só com o nome da mãe. Essa é a maior proporção desde 2016, data dos primeiros números dispostos no portal.
Os anos de 2018 e 2019 registraram, cada um, 5,5% de pais ausentes, até então a maior proporção. Em 2022, a capital teve 36.348 nascimentos, sendo que em 2.131 certidões só há o nome materno. Na média, são cerca de sete bebês por dia registrados sem nome do pai. Samambaia, Ceilândia e Brazlândia puxam a lista de maior proporção de mães solo.
Em Samambaia, foram 3.421 nascimentos neste ano, com 338 pais ausentes, o que representa 10%. Ceilândia e Brazlândia têm uma proporção de 9%. Paranoá, Gama, Taguatinga, Núcleo Bandeirante e Guará aparecem em sequência.
Gama
A proporção média de bebês sem nome do pai na certidão é de 5% em toda a série histórica do DF, totalizando 16.982 registros desde 2016. A região do Gama tem os maiores números absolutos, com 3.079 crianças com pais ausentes nos últimos seis anos.
O portal também traz dados do reconhecimento de paternidade, que acontece quando a mãe de uma criança ou adolescente menor de 18 anos ou o filho maior de idade pede a inclusão do nome do pai no cartório. Neste ano, 944 pais foram incluídos na certidão dos filhos, número próximo dos 992 de todo o ano de 2021.