DF: após casos de Ômicron, secretário de Saúde não descarta restrições
GDF aguarda a evolução dos diagnósticos de mais seis casos em avaliação para reavaliar ou não restrições sanitárias na capital federal
atualizado
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Após o Distrito Federal confirmar dois casos da nova variante da Covid-19, a Ômicron, o secretário de Saúde do DF, general Manoel Pafiadache, disse, na manhã desta sexta-feira (3/12), que o GDF aguarda a evolução dos diagnósticos para tomar providências em relação às medidas sanitárias na capital. “Por enquanto, são dois casos confirmados e mais seis em avaliação. Vamos ter os resultados entre hoje e amanhã”, pontuou.
“Com a evolução dos acontecimentos, nós vamos nos adaptar e verificar quais medidas tomar para adequar o dia a dia da população à nova variante”, completou.
Questionado sobre uma possível sinalização para retomar restrições sanitárias, ele não descartou a possibilidade. “Isso é uma possibilidade. Evidentemente que isso precisa estar alinhado com o governador, mas tudo isso é muito bem pensado, em cima de fatos, acontecimentos e evoluções”, esclareceu Pafiadache.
As declarações foram dadas durante cerimônia de lançamento da campanha distrital de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti e a posse de cerca de 1 mil agentes de Vigilância Ambiental e comunitários de saúde, nesta manhã.
Campanha
O governador Ibaneis Rocha (MDB) participou do evento, que ocorreu no Auditório Pedro Calmon, no Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU).
Diariamente, os agentes de Vigilância Ambiental vão de casa em casa orientar a população sobre o perigo da proliferação do Aedes aegypti. Além disso, os servidores eliminam possíveis focos ou tratam os prováveis depósitos de ovos do mosquito com o uso de larvicida. O papel dos agentes é importante no combate à dengue; por isso, é fundamental permitir as visitas de rotina.
Os servidores sempre estarão uniformizados e com o crachá funcional. Recentemente, a Secretaria de Saúde contratou profissionais para somar esforços nas ações diárias. Eles usarão um colete azul, com a logomarca do Governo do Distrito Federal e o brasão do Distrito Federal. Os funcionários mais antigos continuarão usando o colete bege com o brasão do GDF, além do crachá.
“O principal trabalho é exatamente a saúde que você vai buscar na casa das pessoas. Isso evita que elas busquem o hospital. São, aproximadamente, 1 mil novos agentes, e a gente espera que isso faça efeito. Quanto mais você trabalha com prevenção, (mais) você esvazia os hospitais e outras unidades de saúde”, pontuou o chefe do Executivo local.
Na oportunidade, o governador anunciou que também vai tentar atender a demanda dos novos servidores para que recebam auxílio alimentação e transporte.
“Os uniformes vão ajudar na identificação destes agentes recém-contratados e que atuarão nas ruas do DF identificando possíveis focos de mosquito da dengue e atendendo as demandas de saúde da população. É uma integração entre a Vigilância à Saúde e a Atenção Primária”, acrescentou o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache.
“A chegada desses agentes vai agregar o nosso quadro e será um passo gigantesco para que a gente possa dominar e controlar as doenças relacionadas ao mosquito da dengue no DF”, garantiu Pafiadache.
De acordo com o gestor, é de extrema importância que a população receba os agentes de saúde que estão devidamente uniformizados.
Queda nos números
De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, observa-se neste ano um decréscimo de 70,9% no número de casos prováveis de dengue no DF, se comparado ao mesmo período de 2020, quando houve 46.043 notificações. Em 2021, até o momento, foram registrados 13.382 novos casos.
A dengue apresenta um comportamento sazonal no Distrito Federal, ocorrendo, principalmente, entre outubro a maio, os meses mais chuvosos. Além das ações da Vigilância Ambiental, a população deve ser a principal aliada no combate à dengue, fazendo a sua parte.