DF aplicou 77 doses vencidas de vacina contra Covid. Veja locais e lotes
Aplicações fora do prazo de validade são da AstraZeneca. No fim de abril, o Metrópoles identificou 1,2 mil casos no país; agora, são 25.935
atualizado
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O Distrito Federal aplicou 77 doses vencidas de vacinas contra Covid-19. O problema se repetiu em pelo menos 1.532 cidades brasileiras, que continuaram a aplicar imunizantes fora do prazo de validade, mesmo depois de o problema ter sido revelado pelo Metrópoles em abril deste ano.
Levantamento da Folha de S.Paulo, repetindo o método utilizado na investigação promovida pelo Metrópoles, apontou 25.935 casos. No fim do quarto mês do ano, eram 1,2 mil ocorrências.
Veja onde foram aplicadas as doses no DF e todos os lotes que já passaram do prazo de validade:
Os problemas dizem respeito a oito lotes de imunizantes da AstraZeneca que expiraram entre 29 de março e 4 de junho. De acordo com a Folha, a campeã em aplicações de vacinas vencidas é a cidade paranaense de Maringá, com 3.563 casos, seguida por Belém (PA), com 2.673 ocorrências, e São Paulo (SP), com 996 situações.
Caso a vacina seja aplicada depois da validade, o principal risco é a ineficácia do imunizante.
O outro lado
Em nota enviada ao Metrópoles, a Secretaria de Saúde afirma que não houve registro de imunizantes aplicados fora do prazo de validade no Distrito Federal: “No momento, a pasta dedica-se a identificar os possíveis erros e responsáveis que levaram a este desencontro de informações, bem como as medidas cabíveis a este caso”.
De acordo com a pasta distrital, “nem sempre a vacina aplicada é registrada no sistema do Ministério da Saúde na mesma data em que foi administrada no paciente. Caso o digitador não altere esta data de aplicação na hora de fazer o registro no sistema, corre-se o risco de a vacina ser registrada como uma aplicação fora do prazo de validade”.
A SES-DF ressalta que possui o controle de todos os prazos dos fármacos armazenados e distribuídos às regiões de saúde e “que jamais distribuiria vacinas que não estivessem em conformidade com todas as normas de segurança para os usuários do Sistema Único de Saúde”.