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DF: ao menos oito vigilantes morreram e 102 foram infectados com a Covid-19

Sindicato aponta falta de testes para trabalhadores que estão na linha de frente em hospitais, bancos e órgãos do GDF

atualizado

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Myke Sena/Especial para o Metrópoles
Funcionário usa máscara contra o coronavírus no Hran
1 de 1 Funcionário usa máscara contra o coronavírus no Hran - Foto: Myke Sena/Especial para o Metrópoles

Pelo menos oito vigilantes que trabalham em órgãos públicos e bancos do Distrito Federal morreram, até esta terça-feira (07/07), vítimas do novo coronavírus. Os dodos são do Sindicato dos Vigilantes do DF (Sindesv-DF). Outros 102 foram infectados pela Covid-19. A categoria pede que o governo teste os profissionais com regularidade.

Segundo planilha fornecida pelo sindicato, as regiões administrativas com mais vigilantes infectados são Samambaia e Ceilândia, com 20 e 14 casos, respectivamente.

“Os vigilantes são os primeiros a receber os pacientes nos hospitais, assim como os clientes nos bancos. Há até pouco tempo, testaram os vigilantes dos hospitais, com exceção do Base, Santa Maria e Gama. Mas fizeram só um exame há mais de 30 dias”, detalha o diretor de Comunicação do Sidesv-DF, Gilmar Rodrigues. “Todos os trabalhadores de centros de saúde e Saúde da Família não foram testados, por isso acreditamos que o número seja maior”, observa.

De acordo com o Rodrigues, no Hospital de Base só foram submetidos à testagem para detecção da Covid-19 três vigilantes que passaram mal, o que ocorreu há cerca de 60 dias. Depois desse prazo, não foram feitos novos exames. Já no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), houve proposta de o sangue dos trabalhadores ser coletado para análise posterior, quando chegarem testes rápidos há unidade.

Tratamento diferenciado

Outra reclamação é quanto ao procedimento nos centros de saúde. Segundo Gilmar Rodrigues, ocorre a testagem de servidores públicos sem qualquer tipo de indicação, por serem de serviços essenciais, mas os vigilantes não são inclusos. Eles precisam de um relatório e de apresentarem sintomas da Covid-19 a fim de que os planos de saúde autorizem a testagem.

“Nós queremos que o governo trate o vigilante como trabalhador essencial, como no governo federal. Estamos sempre à frente de hospitais, bancos, órgãos públicos. Queremos que o governo teste os vigilantes a cada 15 dias. Já enviamos vários ofícios para a Saúde e eles nunca respondem, e quando respondem dizem que não tem kit”, completa o diretor.

 

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O que diz a Secretaria de Saúde

Em nota, “a Secretaria de Saúde informa que vigilantes de todas as unidades de saúde são testados. De acordo com o último balanço, 1.700 terceirizados já foram testados. Os trabalhadores usam Equipamentos de Proteção Individual fornecidos pelas empresas. Profissionais com resultado positivo para Covid-19 são afastados das funções e cumprem quarentena de 14 dias. Todos do núcleo familiar são orientados a permanecer em isolamento e se apresentarem sintomas devem procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação”.

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