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DF: antes de matar, sobrinho vestiu tia com as roupas dele

Mulher de 68 anos foi achada morta em condomínio do Paranoá, com capacete na cabeça. Ela visitava os parentes em Brasília

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1 de 1 mulher-assassinada - Foto: Rebeca Borges/Metrópoles

Maria Almeida do Vale, 68 anos, foi brutalmente assassinada em um condomínio do Paranoá. De Minas Gerais, ela veio visitar os parentes. Voltaria para a terra natal ainda nesta quinta-feira (08/08/2019), mas foi encontrada morta em um barracão nos fundos da casa da família onde estava hospedada. O suspeito do crime é o sobrinho Fábio Vale, 39, que está foragido.

A vítima passou quatro dias no DF. Ela dormia nos fundos da casa dos parentes, em uma espécie de barracão, quando teria sido atacada. O homem estava no quarto ao lado. A família se encontrava na residência da frente, mas ninguém ouviu nada. Maria foi achada morta com capacete e uma camisa na cabeça, enrolada em cobertores. No tronco, uma calça de moletom do acusado. A suspeita é de que ela tenha morrido por esganadura.

O criminoso levou R$ 600 da própria mãe e R$ 200 da vítima. O homem seria dependente de cocaína, segundo a família. Ele usa drogas desde os 13 anos de idade, de acordo com informação dos parentes.

“Ela estava vestida com uma camisa camuflada e uma calça de moletom masculina que eram dele. Há muitos sinais de agressão na cabeça, no corpo”, destacou a delegada Jane Klébia, chefe da 6ª DP (Paranoá). O caso é tratado como homicídio.

Uma moradora do condomínio disse que soube do crime por acaso. “Vim na casa de outra vizinha e vi os carros da polícia. Eu conheço os pais dele [do suspeito]. São bem tranquilos, educados”, frisou. “Triste demais”, disse outra.

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Rabecão do IML no condomínio onde Fábio morava com a família
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Fábio é suspeito de assassinar Maria, que era casada com seu tio

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Rabecão do IML no condomínio onde Fábio morava com a família

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Alcenir Ribeiro dos Santos, 54, é um dos parentes do acusado. Ele conta que todos estão abalados. “É um ajudando o outro, na medida do possível. Conheço o Fábio desde menino, o apelido dele era Pipoca. Ele sempre foi tranquilo, o mal que ele fazia era para ele mesmo. Desde adolescente, tem muito conflito com drogas. A gente demora a acreditar. O conheço desde garotinho, tentamos levar pra igreja… Uma pessoa em sã consciência não faria isso que ele fez”, ressaltou.

O crime ocorreu no Condomínio La Fonte, na DF-250, no Paranoá. Quando chegaram ao local do crime, agentes da 6ª DP se depararam com uma cena chocante. “Pode ser que ele tenha a agredido com esse capacete. Havia muito sangue e cabelo da vítima espalhados pelo chão e também nas paredes”, detalhou a delegada.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado para prestar socorro à vítima, mas quando a equipe chegou ao local Maria já estava sem os sinais vitais. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) por volta das 15h.

Ainda não é possível precisar o horário em que o crime ocorreu, pois ninguém ouviu nada. Mas os investigadores acreditam que Maria tenha sido assassinada entre a madrugada e a manhã desta quinta-feira. A motivação também não está clara para os policiais. É possível que o acusado possa ter surtado.

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