DF: 50% dos moradores com baixa renda sofrem com esgoto a céu aberto
Pesquisa ObservaDF mostrou as diferenças de moradia entre as pessoas com baixa renda e as com alta renda
atualizado
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Cerca de 50% dos moradores de regiões de mais baixa renda do Distrito Federal relatam ter problemas com esgoto a céu aberto. Entre as pessoas que residem em locais considerados de renda alta, a proporção desse tipo de problema cai para 26%.
Os dados constam na nova pesquisa do Observatório de Políticas Públicas do DF (Observa DF), divulgada nesta segunda-feira (13/11).
Em relação a outros problemas, 77% dos entrevistados que moram em regiões de baixa renda reclamaram de lixo jogado na rua, contra 53% entre os moradores de regiões mais ricas. Reclamações de ruídos altos e constantes foram 65% contra 49%.
Segundo 55% dos entrevistados residentes nos locais de alta renda, o ambiente perto de casa é avaliado como bom ou ótimo. Essa proporção cai para 31% entre os entrevistados residentes nas regiões de baixa renda.
Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados da Pesquisa Distrito por Amostra de Domicílios de 2021 (PDAD-2021) e dos estudos “Déficit habitacional no Distrito Federal”, “Demanda habitacional demográfica do Distrito Federal” e “Avaliação da política habitacional de interesse social do Distrito Federal” realizados pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) em 2022 e 2023.
Riscos ambientais
Ainda de acordo com a pesquisa, a população de baixa renda está mais exposta a problemas ambientais. Riscos como problema de erosão foram relatados por 7% da população de baixa renda, contra 5% nas regiões de alta renda; inclinação acentuada foi citada por 5% contra 3% nas regiões administrativas (RAs) de alta renda.
Problemas nas cercanias dos domicílios também são mais frequentes nas regiões de mais baixa renda, tais como: problemas de entulho (27% contra 5% nas RAs de alta renda), esgoto a céu aberto (20% contra 2% nas RAs de alta renda), ruas alagadas (27% contra 10% nas RAs de alta renda) e ruas esburacadas (37% contra 13% nas RAs de alta renda).