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DF: 45 mil alunos da rede pública voltam ao presencial após 511 dias. Veja esquema

Educação infantil é a primeira a voltar ao ensino presencial depois do fechamento das escolas devido à Covid-19, em março de 2020

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Pais e filhos em fila de creche
1 de 1 Pais e filhos em fila de creche - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Com professores em sala de aula desde 2 de agosto para a semana pedagógica, chegou a vez de os primeiros estudantes voltarem ao ensino presencial no Distrito Federal. Depois de 511 dias com as portas fechadas devido à Covid-19, as escolas começam a reabrir na capital. Nesta quinta-feira (5/8), voltam os 45.965 alunos da educação infantil do DF. Para recebê-los, 270 unidades retomarão o modelo presencial.

As crianças da educação infantil abrem um calendário de retorno, com datas estipuladas por nível escolar. Os alunos do ensino fundamental (anos iniciais) e da educação de jovens e adultos (EJA) só recomeçam em 9 de agosto. O ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, tem retorno previsto para o próximo dia 16. Os alunos do ensino nédio e da educação profissional retomam as aulas presenciais em 23 de agosto.

Veja previsão:

Calendário de retorno às aulas no DF

Os estudantes terão aulas híbridas, alternando entre períodos em sala de aula e remotos. De acordo com as orientações para a retomada das atividades presenciais na rede pública de educação, todos os alunos precisam usar máscara, exceto os matriculados nas creches que tiverem menos de 3 anos. Apesar disso, todos os profissionais que trabalham na escola devem usar o equipamento.

Quatro horas

Os professores darão aulas por um período de quatro horas presenciais na escola. Eles também deverão dedicar uma hora diária ao atendimento remoto do estudante que ficou em casa. As unidades de ensino precisarão usar essa hora do atendimento remoto para a higienização, preparando-se para receber as turmas do turno seguinte.

Sobre dividir as salas em duas metades, a secretária afirmou que haverá excepcionalidades para alunos que ficarão em casa. “Crianças em situação de comorbidade, adoecidas e especial. Cada escola vai poder adequar a situação. O que não pode é nenhum estudante ficar sem o atendimento da escola. Se presencial ou remota, futuramente vamos saber o quantitativo das excepcionalidades. A escola vai encontrar a forma de manter a criança em casa e oferecer o estudo”, destacou.

Entre as orientações para a comunidade escolar no retorno estão:

• manter distanciamento social em conformidade com as orientações das autoridades sanitárias;
• evitar tocar olhos, nariz e boca;
• higienizar sistematicamente as mãos por meio da lavagem com água e sabão ou do uso de álcool 70%, sobretudo nas seguintes condições:

  • após uso de transporte público;
  • ao chegar a uma unidade escolar;
  • após tocar nas seguintes superfícies: maçaneta, corrimão, interruptores ou similares;
  • após tossir, espirrar e/ou assoar o nariz;
  • antes e após usar o banheiro;
  • antes e após manipular alimentos;
  • antes de tocar em utensílios higienizados;
  • antes das refeições;
  • após efetuar limpeza local e/ou utilizar vassouras, panos e materiais de higienização;
  • após remover lixo e outros resíduos;
  • após trocar os sapatos;
  • antes e após usar espaços coletivos;
  • antes e após manipular a máscara de uso individual;

• não compartilhar objetos de uso pessoal, tais como: máscaras, talheres, pratos, copos ou garrafas; e
• não compartilhar objetos pedagógicos individuais, tais como: caneta, lápis, borracha, régua, caderno, brinquedos e jogos, entre outros.

Ao todo, a capital do país tem 686 instituições públicas, 452 mil alunos e cerca de 40 mil professores. A qualquer sintoma de gripe, mal-estar, febre e dor de cabeça, alunos e professores não devem comparecer às salas de aula. Esses podem ser indícios de Covid-19 e, por isso, o contato deve ser evitado.

Preocupação

Nos três primeiros dias de coordenação pedagógica, iniciados em 2 de agosto com o retorno dos professores, algumas preocupações foram levantadas. Elas giram em torno da falta de estrutura e do risco de contaminação pela Covid-19.

“Muitas angústias e preocupações. A educação infantil vai começar nesta quinta-feira e os anos iniciais na segunda-feira. Várias escolas não apresentam as condições que seriam ideais. Problemas estruturais, falta de ventilação adequada dentro das salas de aula e até escolas sem lanche”, disse o diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) Samuel Fernandes.

Ele afirma que existem casos de professores que já nesses primeiros dias foram diagnosticados com Covid-19. “Em três dias de forma presencial com o grupo inteiro de professores, duas professoras testaram positivo para Covid-19. Quantos mais não podem ter sido contaminados? A vida dos professores, das crianças e de toda a comunidade escolar precisa ser preservada”, alertou.

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