DF: 45% das pessoas acima de 60 anos têm dificuldade em usar internet
O resultado faz parte do sumário executivo sobre os hábitos da população da capital federal, divulgado na quinta-feira (22/12), pelo IPEDF
atualizado
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O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou, na última quinta-feira (22/12), os resultados do sumário executivo sobre hábitos da população da capital federal. Um dos dados que constam no estudo diz respeito ao uso da internet. De acordo com a pesquisa, quase 45% das pessoas acima de 60 anos entrevistadas apresenta dificuldade em usar ferramentas on-line.
A terceira edição da Pesquisa de Hábitos entrevistou 3.769 moradores do DF por meio de ligações telefônicas via Central 156. As entrevistas aconteceram no segundo semestre de 2022, entre os dias 1º de agosto e 13 de outubro.
A avaliação dos hábitos referentes ao uso da web e de aplicativos aponta que o WhatsApp é a rede social mais acessada pela população do DF, com 85,86% dos ouvidos adeptos, seguido pelo Instagram (68,48%), Facebook (50,99%) e YouTube (50,89%).
Quando avaliado o uso das redes sociais por faixa etária, o estudo revela que, quanto mais jovem, maior é a proporção de usuários. O WhatsApp é a rede com a maior aceitação em todas as faixas etárias, chegando a ser utilizada por 92,39% dos jovens com idades entre 18 a 24 anos.
Em relação à dificuldade no uso de redes sociais por idade, observa-se que quanto mais velho é o grupo, maior a dificuldade de acessar aplicativos de internet e redes sociais.
Quase 45% dos entrevistados entre 60 anos ou mais concordam que têm certa dificuldades em acessar aplicativos para se informarem sobre serviços públicos ou privados.
Contudo, mesmo com as dificuldades, 43,03% dos idosos entrevistados declararam ler mais notícias nas redes do que nos meios tradicionais. Enquanto esse percentual entre jovens com idade entre 18 e 24 anos é de 80,07%.
Compras online
A avaliação dos hábitos referentes ao uso da internet e de aplicativos para a realização de compras revela que os serviços oferecidos por supermercados ainda não atingiram o mesmo nível de popularidade de outros serviços on-line.
Apenas 14,54% dos entrevistados concordaram que fazem mais compras em mercados por meio de comércio eletrônico do que presencialmente.
Em relação às compras on-line de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, nota-se que quanto maior a faixa de renda dos entrevistados, maior é a parcela dos que manifestaram preferência por compras desse tipo de produto por meio do uso de serviços na web.
Do grupo com rendimentos inferiores a R$ 1,6 mil, 65,61% declararam discordar da sentença “Faço mais compras de eletroeletrônicos e eletrodomésticos por meio de comércio eletrônico do que presencialmente”, enquanto 24,15% concordam.
É observado um comportamento inverso quando se avalia o grupo com rendimentos superiores a R$ 11 mil, em que 62,06% concordaram com a frase e 26% discordaram.