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DF: 3,2 mil crianças e adolescentes em idade escolar já contraíram Covid-19

Números justificam o temor de pais e responsáveis com a possibilidade de as atividades presenciais serem retomadas ainda este mês

atualizado

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Criança passa alcool em gel nas mãos - coronavirus
1 de 1 Criança passa alcool em gel nas mãos - coronavirus - Foto: AJ_Watt/Getty

Mais de 3,2 mil crianças e adolescentes em idade escolar já testaram positivo para o novo coronavírus no Distrito Federal. A informação consta no boletim mais recente divulgado pela Secretaria de Saúde.

Segundo o levantamento da pasta, a maior incidência de casos ocorre na faixa etária dos 11 aos 19 anos. São 1.251 jovens diagnosticados com Covid-19 na capital do país.

Na sequência, estão aqueles com idades entre 2 e 10 anos – 847 infectados. Os bebês, por sua vez, somam 256 registros. Duas crianças morreram no DF em função de complicações causadas pela doença.

Os números justificam o temor de pais e responsáveis com a possibilidade de as atividades escolares presenciais serem retomadas a partir de 27 de julho. No caso da rede pública de ensino, o retorno ocorreria em 3 de agosto.

Para a Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa), os responsáveis deverão ter o direito de optar por não enviar as crianças às escolas.

“O decreto não é claro sobre a opção entre o ensino presencial ou remoto. É importante que seja garantida aos que desejarem a opção de não mandar os filhos para escola e continuar com a opção remoto”, afirmou o presidente da entidade, Alexandre Veloso.

Ele afirma que o protocolo adotado pelo Governo do DF para a retomada das atividades “não garante a saúde dos alunos, professores e famílias”.

“Queremos também garantir que os pais não sejam punidos por suas decisões. Vamos buscar o diálogo e a retificação do decreto. Caso o contrário, não descartamos acionar o Judiciário”, finalizou o representante.

O que pensam os professores?

Os sindicatos que representam docentes das redes pública e particular de ensino do Distrito Federal se posicionam de forma contrária ao retorno presencial.

Para o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro), o retorno das atividades ainda é “precipitado”. “O momento é de recolhimento. Não tivemos organização nem para as aulas remotas, imagina para as aulas presenciais”, explica a presidente da entidade, Rosilene Corrêa.

A sindicalista afirma ser preciso criar uma comissão com representantes de todo segmento da comunidade escolar para que seja feito um “planejamento seguro de retorno”.

“O ápice da pandemia está previsto para ocorrer daqui a 10 dias. Não teremos controlado tudo isso até a data prevista. Como é que se pode pensar em colocar para circular nas nossas escolas meio milhão de pessoas em pleno ápice da pandemia?”, indaga Rosilene.

Ao Metrópoles, o diretor do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares do DF (Sinproep), Rodrigo de Paula, também se mostrou avesso à retomada das atividades. “Ainda não é o momento, tendo em vista que o Distrito Federal não atingiu o pico da pandemia. O ato poderia colocar em risco a saúde de milhares de alunos, professores e toda comunidade escolar”, disse.

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Particulares a favor

O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe), por sua vez, é a favor da volta às aulas presenciais. A entidade, inclusive, propôs ao Executivo local um planejamento para retomada das atividades.

No cronograma sugerido pela entidade, que representa 450 das 570 instituições privadas da capital, está prevista a volta às aulas em ambiente físico para o dia 20 de julho.

O documento prevê o retorno gradativo, dividido por níveis de ensino e obedecendo a um protocolo de profilaxia rígido, a fim de evitar a contaminação do novo coronavírus entre os 180 mil alunos da rede.

Veja o cronograma:

Cronograma retorno aulas particulares no DF

 

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