metropoles.com

DF: 30% das famílias não atualizaram dados na Estratégia Saúde da Família

Segundo a pasta de Saúde, rejeição é maior nas regiões com maior poder aquisitivo. Falta de dados compromete proteção da saúde da população

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Pessoas e UBS - Metrópoles
1 de 1 Pessoas e UBS - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Para proteger a população, a Estratégia Saúde da Família (ESF) precisa ter dados atualizados de cada pessoa. Mas, no Distrito Federal, 30% dos moradores fecharam as portas para as equipes de recadastramento da Secretaria de Saúde, entre agosto e dezembro de 2022. Ou seja, a cada 10 famílias, três se negaram a atualizar o cadastro.

Segundo a gerente de Qualidade da Atenção Primária à Saúde, Lídia de Oliveira Silva, a rejeição é maior nas regiões de maior renda. No Plano Piloto, em média, 50% das famílias se recusaram a receber os agentes de saúde. Em Vicente Pires, a média de rejeição chegou a 35%, mas em algumas áreas da cidade, a taxa bateu 100%.

As regiões com a menor taxa de rejeição foram Santa Maria e Recanto das Emas, com respectivamente, 13% e 17%. O recadastramento anual é preconizado pelo Ministério da Saúde. Os dados são usados exclusivamente pela rede pública de saúde. Mas, por desinformação ou receio, famílias se negam a conversar com os agentes.

“Nosso objetivo é colher informações para o planejamento das ações de saúde. Precisamos atualizar as condições de saúde e de vulnerabilidade sociais. Esses dados podem mudar a cada ano. Por exemplo, uma mulher pode ficar grávida. Esse também é um momento gerar um vínculo entre as equipes e as famílias”, explicou Lídia.

Por isso, novamente, os agentes estão em campo para fazer o recadastramento. Caso as famílias continuem desconfortáveis em recebê-los, a Secretaria de Saúde solicita que elas procurem as unidades básicas de saúde (UBSs) para atualizar os dados.

Mais vulneráveis

“Se nem todos os membros da família quiserem atualizar os dados, pedimos pelo menos os dados dos idosos e das crianças, porque são os mais vulneráveis”, comentou a gerente. Se a família mudou ou trocou o telefone, também precisa atualizar o cadastro.

Atualmente, a rede pública tem 615 equipes da saúde da família, 11 de saúde prisional, 5 de consultórios nas ruas e uma do socioeducativo. Cada equipe da família atende 4 mil pessoas, atualmente. A Secretaria de Saúde diminuiu tal número de 3,5 mil até o final de 2023 para melhorar o atendimento.

Atualização na UBS

A família que não quiser receber diretamente o agente de saúde deve procurar a UBS de referência, de acordo com o endereço de moradia. São coletadas informações sobre os dados pessoais e sociodemográficos, assim como sobre a situação de moradia e de saúde.

Documentos necessários:

Comprovante de residência (caso não tenha, pode ser uma declaração escrita à mão)
CPF ou cartão do SUS
RG ou certidão de nascimento

É importante identificar o responsável pelo núcleo familiar – a pessoa que toma as medidas de saúde da família. As informações individuais dos outros integrantes da residência são registradas vinculadas às do responsável.

Após a atualização, um agente comunitário de saúde da UBS de referência fará uma visita domiciliar para validação do cadastro.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?