“Destruiu a família”, diz irmã de homem morto por motorista embriagado

A família do gerente de posto de combustíveis morto no Setor O (Ceilândia) após ser atingido por motorista embriagado, no último dia 17, clama por justiça. Isso porque Emanuel Batista de Souza, 34, apontado como responsável pelo acidente que tirou a vida de Ailton da Silva Assis (foto em destaque), 31 anos, está livre depois do pagamento de fiança.

“Queremos que ele seja preso, destruiu a vida do meu irmão e a família. Não tivemos Natal e não teremos Ano-Novo, não há clima para isso”, afirmou uma irmã da vítima, Aline Assis, 35, ao Metrópoles. “Meu irmão era uma pessoa muito alegre, contagiante. Ir embora dessa forma tão bruta é complicado e inaceitável”, lamentou.

 

Emanuel ficou detido por dois dias. Ele pagou fiança e recuperou a liberdade após audiência de custódia, na data seguinte à do acidente. O homem foi indiciado por embriaguez ao volante, homicídio doloso na direção de veículo automotor e homicídio doloso na direção de veículo automotor na forma tentada.

O Metrópoles fez contato com o advogado de Emanuel, Danilo Bomfim Soares, que não quis comentar o caso.

Thaynã Assis (foto em destaque), 27, viúva de Ailton, estava no carro com o marido e se machucou. Ela está internada no Hospital Anchieta, em Taguatinga Norte, desde o dia do acidente, pois sofreu fraturas na bacia e em um fêmur, além de cortes e arranhões. A mulher não tem previsão para receber alta médica. A reportagem tentou contato com ela, que preferiu não se manifestar.

O filho do casal, de 1 ano e 4 meses, também estava no veículo e sofreu corte no couro cabeludo, mas voltou para casa, sob cuidados de uma tia.

O acidente
Emanuel causou a batida na noite de 17 de dezembro, na QNO 17, Expansão do Setor O, próximo ao quartel do Corpo de Bombeiros. Segundo informações do CBMDF, ele conduzia uma caminhonete Nissan Frontier prata e colidiu contra o Renault Sandero dirigido por Ailton. A vítima havia acabado de sair de uma igreja e voltava para casa, em Águas Lindas (GO).

A Polícia Militar informou que Emanuel estava embriagado e não se feriu. Na ocasião, ele passou por teste de alcoolemia. O bafômetro acusou 1,24 miligramas de álcool por litro de sangue. Por isso, o homem vai responder criminalmente, como prevê a legislação para índices de alcoolemia superiores a 0,33mg/l. Na sequência, a PM o conduziu à 24ª Delegacia de Polícia (Setor O).

Ailton, por sua vez, ficou com diversas escoriações pelo corpo, segundo os bombeiros. Ele foi levado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC) consciente e orientado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu às 4h30 do dia 18/12.