metropoles.com

Desigualdade: ocupação com estudos é maior entre brancos do que negros no DF

Dado foi divulgado, nessa quarta-feira (7/6), pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua: Educação 2022, do IBGE

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Leo Munhoz/Arquivo NSC
Pessoa escrevendo em caderno em primeiro plano. Em segundo plano, outras pessoas estudam em uma sala de aula concurso - Metrópoles
1 de 1 Pessoa escrevendo em caderno em primeiro plano. Em segundo plano, outras pessoas estudam em uma sala de aula concurso - Metrópoles - Foto: Leo Munhoz/Arquivo NSC

No Distrito Federal, a ocupação com estudos é maior entre brancos do que pretos e pardos. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua: Educação 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na quarta-feira (7/6).

Segundo o levantamento, 75% da população branca que mora na unidade da Federação tinha 12 anos ou mais de estudos, em 2022. Doze pontos percentuais à frente das pessoas autodeclaradas pretas e pardas – que representavam 63% dos mais instruídos.

A assimetria na conclusão do ciclo básico educacional também chama atenção. Na data em que a pesquisa foi feita, 80,1% das pessoas de cor branca completaram o ensino médio no DF. Entre a população preta ou parda, esse percentual foi de 65,5%.

A Pnad também reuniu números que apontam a desigualdade racial no acesso à educação de adolescentes. Entre os brancos, de 15 a 17 anos, 86,4% estavam no ensino médio ou já tinham concluído os estudos, enquanto este número era de 76% entre os que se autodeclararam negros.

A discrepância é ainda maior quando levado em consideração o ingresso de jovens adultos no ensino superior . Segundo o levantamento, 55,5% dos brancos de 18 a 24 anos estavam matriculados em uma faculdade, frente a 38,1% dos pretos e pardos com a mesma faixa etária.

De acordo com o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), em 2021, 57,3% da população do DF se declarava negra. Apenas 40,9% se identifica como branca.

Condição de estudo e ocupação

Em 2022, 24% das pessoas brancas conseguiam trabalhar e estudar. Quatro pontos percentuais maior do que entre pretos e pardos – que representam 19,8%.

Em contrapartida, 35,2% dos negros apenas trabalham, frente aos 29% de brancos na mesma condição.

Em relação ao gênero, na data do levantamento eram 916 mil mulheres com 12 anos ou mais de estudo na população brasiliense (69,1%) e 791 mil homens (66,1%). “O que indica que o DF tem uma população altamente escolarizada quando comparamos a média nacional”, detalhou o estudo.

Ainda segundo a pesquisa, 32,9% das mulheres e 29,8% dos homens do Distrito Federal apenas estudavam ou se qualificavam. Por outro lado, 28,5% das mulheres e 37,3% dos homens apenas trabalhavam.

Apesar de terem maior grau de instrução e de dedicarem-se mais aos estudos, a taxa de desocupação entre as mulheres (16,7%) é 4,8 pontos percentuais foi maior do que de homens (11,9%).

Analfabetismo

Apesar da desigualdade racial quanto a ocupação com estudos, o Distrito Federal registrou a menor taxa do Brasil no índice de analfabetismo. De acordo com o levantamento, havia 47 mil pessoas de 15 anos ou mais analfabetas na unidade da Federação, no ano passado. O número corresponde a uma taxa de 1,9%, bem abaixo da média registrada no Brasil – 5,6%. Os piores índices ficaram com Piauí (14,8%), Alagoas (14,4%) e Paraíba (13,6%).

Assim como no restante do país, o analfabetismo no DF está diretamente associado à idade da população. Ou seja, quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de pessoas que não sabem ler ou escrever.

Na data em que a pesquisa foi feita, 7,6% da população do DF com 60 anos ou mais – o que representa 27 mil habitantes – disse não ter sido alfabetizada. Ainda assim, o resultado representa uma queda quando comparado ao ano de 2019, quando foram registrados 1,4 pontos percentuais a mais.

Conforme observado pelo estudo, desde 2018, o Distrito Federal tem apresentado queda nas taxas de analfabetismo para todos os grupos etários, especialmente entre os idosos. Os resultados, segundo o IBGE, “indicam que as gerações mais novas estão tendo maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda enquanto crianças”.

Na unidade da Federação, em comparação por gênero, 2% das mulheres, de 15 anos ou mais, são analfabetas. Homens na mesma condição representam 1,7% da população. Entre os 60+, a taxa de analfabetismo também é maior entre as mulheres (9,0%) em relação aos homens (5,7%).

Em 2022, na análise por cor ou raça, entre as pessoas brancas de 15 anos ou mais no DF, 1,3% não sabiam ler ou escrever. Já entre pretos ou pardos na mesma faixa etária, o indicador foi de 2,2%.

Para o grupo etário de 60 anos ou mais, a proporção foi de 4,3% para brancos e 10,1% para pretos ou pardos, uma diferença de 5,8 pontos percentuais.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?