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“Ela desejava tanto essa princesa”, diz cunhada de mãe morta no parto

Grávida de uma menina havia 41 semanas, Mariana Cardoso Vieira passava pela quarta gestação. A manicure deixa dois filhos e o marido

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Grávida morta no Hrsam
1 de 1 Grávida morta no Hrsam - Foto: Arquivo pessoal

Para a família, Mariana Cardoso Vieira, 37 anos, morta durante parto no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), restarão saudade, lembranças, dor e um sentimento de revolta diante do caso, definido pelos parentes como “negligência”.

Mãe de dois filhos e prestes a dar à luz o terceiro, ela chegou à unidade de saúde na sexta-feira (21/10). Um dia depois, entrou em trabalho de parto e não resistiu.

A manicure estava com 41 semanas de gestação, à espera de Luiza Vitória. “Ela era muito alegre. Desejava tanto essa princesa [a filha]. Estava comprando os materiais para montar uma salinha para ela”, diz Jennifer Aneklécia, cunhada de Mariana.

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A manicure estava na 41ª semana de gestação
Ela deixa dois filhos e o marido
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Essa era a quarta gravidez de Mariana

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A manicure estava na 41ª semana de gestação

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Ela deixa dois filhos e o marido

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A bolsa rompeu entre sexta-feira (21/10) e sábado (22/10), por volta da meia-noite, segundo testemunhas. Em seguida, a gestante teve um sangramento. “O médico só chegou para atendê-la às 6h”, completa Jennifer.

A grávida foi levada para o centro cirúrgico e começou o procedimento da cesárea. Ao retirar o bebê, ele estava sem vida, segundo Jennifer. Os médicos ainda tentaram reanimar a criança, mas sem sucesso. A mãe, que teve um vaso sanguíneo rompido, sofreu hemorragia e também morreu.

Essa era a quarta gestação da mulher, que já havia sofrido um aborto. Ela deixou filhos de 19 e 10 anos, além do marido, que registrou a ocorrência na 32ª Delegacia de Polícia, Samambaia Sul. A corporação solicitou perícia e remoção do cadáver para o IML, e agora apura os fatos.

O que diz a Secretaria de Saúde

Em nota, a Secretaria de Saúde do DF disse que a mulher foi atendida no pronto-socorro do HRSam na sexta-feira. Grávida de 9 meses, a paciente teria parâmetros adequados para ser submetida à indução do trabalho de parto, que é realizado segundo protocolos existentes no Brasil e no mundo.

“Com evolução satisfatória, iniciou-se sangramento genital, sendo indicada operação cesariana de emergência”, diz a pasta. No entanto, o bebê já teria nascido sem vida.

“A equipe tentou manobras de reanimação cardiorrespiratória por 40 minutos, sem sucesso. A mãe precisou passar por uma histerectomia (retirada do útero) com sinais de choque hemorrágico. Toda a assistência foi prestada à paciente – tendo sido encaminhada para a UTI no próprio hospital”, relata a Secretaria de Saúde.

De acordo com a pasta, a mãe do bebê foi submetida a múltiplas transfusões de concentrados de hemácias, plasma, plaquetas e drogas que auxiliaram a manter a estabilidade hemodinâmica. “Apesar de toda a assistência médica possível, a puérpera foi a óbito às 21h45 de sábado (22). A Secretaria de Saúde solidariza-se a essa família, amigos e parentes”, conclui a nota.

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