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Deputados do DF e federais cobram apuração de morte de patriota preso

Interno teve um mal súbito durante o banho de sol no Complexo Penitenciário da Papuda e morreu, na manhã desta segunda-feira

atualizado

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Cleriston Pereira
1 de 1 Cleriston Pereira - Foto: Reprodução/Facebook

A morte de Cleriston Pereira da Cunha, aos 46 anos, na Papuda, uniu parlamentares de várias vertentes políticas da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (20/11), em busca de respostas. “Clezão do Ramalho”, como era conhecido, estava preso desde 9 de janeiro, acusado de invadir o Congresso Nacional, no dia anterior, durante os atos antidemocráticos. O interno teve um mal súbito durante o banho de sol no Centro de Detenção Provisória (CDP) 2, no Centro de Detenção Provisória II, no Distrito Federal, na manhã desta segunda.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CLDF, Fábio Felix (PSol) enviou um ofício com pedido de informações para a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape). No documento, o deputado distrital solicita que os fatos sejam analisados e “que sejam tomadas medidas urgentes para apurar responsabilidades e reforçar o atendimento médico em todas as unidades do sistema prisional para evitar que tragédias como esta se repitam”.

“Este, infelizmente, não é um fato isolado. Apenas neste ano, esta Comissão recebeu centenas de demandas de atendimento à saúde no sistema prisional por parte de famílias de internos que tentaram atendimento no sistema e não conseguiram. Este caso revela a grave situação do sistema prisional do Distrito Federal e a urgente necessidade de adequação às exigências dos direitos humanos, com a disponibilização de equipe adequada para garantir o direito à saúde e à vida dos internos, que é responsabilidade do Estado.

Pela direita, o deputado distrital pastor Daniel de Castro (PP) foi até a Papuda e prestou apoio à família. O parlamentar argumenta que a morte de Cleriston foi uma tragédia anunciada. “Um homem cheio de comorbidade, problema no coração. A família estava pedindo socorro. Foi uma omissão que causou a morte do ‘Clezão’”.

O deputado informou que é amigo da família e acompanhou os parentes para pedir esclarecimentos no presídio. “Como deputado e advogado, quero uma investigação, quero explicação para comunidade, o que aconteceu não é justo para uma família perder um parente.”

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Clezão, como era conhecido, tinha 46 anos
"Patriota" Cleriston Pereira da Cunha morreu na Papuda após sofrer infarto fulminante
Cleriston sofreu um infarto fulminante
Família de Cleriston Pereira da Cunha acusa Alexandre de Moraes de maus-tratos e tortura
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Família de "Clezão" pediu a prisão do ministro Alexandre de Moraes

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Clezão, como era conhecido, tinha 46 anos

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"Patriota" Cleriston Pereira da Cunha morreu na Papuda após sofrer infarto fulminante

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Cleriston sofreu um infarto fulminante

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Família de Cleriston Pereira da Cunha acusa Alexandre de Moraes de maus-tratos e tortura

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Deputados federais solicitam informações

Após a repercussão do caso, deputados federais enviaram ofício à juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), solicitando informações sobre a morte do preso. O documento é assinado por Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Ubiratan Sanderson (PL-RS).

Os políticos pediram esclarecimentos acerca das “circunstâncias do óbito” e se o homem recebeu “o atendimento médico apropriado, adequado e oportuno”.

Quem era o preso

Cleriston Pereira era irmão do vereador Cristiano Pereira da Cunha (PSD), do município de Feira da Mata, no oeste da Bahia. O “patriota”, que cumpria prisão preventiva, acusado de participar da invasão ao Congresso Nacional, teria sofrido um infarto fulminante. Outros detentos tentaram reanimá-lo com massagem cardíaca, mas ele não resistiu e morreu no local.

As autoridades investigam as causas da morte. O corpo foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde passará por necropsia.

Cleriston havia conseguido parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) para ser solto, mas a decisão ainda não havia sido homologada pelo magistrado responsável por analisar o caso na Justiça. A instituição se manifestou a respeito em 1º de setembro, devido ao vencimento do período de instrução do processo.

As autoridades apuram a causa da morte. Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) confirmou a morte, registrada por volta das 10h. O preso era acompanhado por equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde (UBS) da prisão desde a entrada no complexo, em 9 de janeiro último.

“Hoje, essa mesma equipe de saúde realizou manobras de reanimação assim que constatado o mal súbito até a chegada da equipe do Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] e dos bombeiros, imediatamente acionados”, destacou a pasta.

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