Deputados distritais aprovam homenagem a Maria Cláudia Del’Isola
Projeto de lei dá o nome da estudante brutalmente assassinada, em 2004, a parque situado na EQS 111/112 sul
atualizado
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A estudante brasiliense brutalmente assassinada, em dezembro de 2004, que marcou a luta no Distrito Federal contra os crimes de violência sexual será homenageada. A Câmara Legislativa do DF aprovou, nesta terça-feira (23/10), o Projeto de Lei 1996/2018 que denomina como Parque Maria Cláudia Siqueira Del’Isola a área da EQS 112/113.
O PL, de autoria do deputado Wellington Luiz (MDB), tramitou em diversas comissões da Casa, sempre com pareceres favoráveis, e passou por audiência pública antes de ir a Plenário. “Maria Cláudia representa milhares de mulheres que ainda são vítimas de abuso sexual e têm todos os seus direitos humanos violados”, diz o autor na justificação do texto.
“Embora haja dores sem reparação e perdas impossíveis de serem amenizadas, a perpetuação de seu nome é uma homenagem de Brasília a ela e sua família”, completou o distrital. A matéria segue para sanção do governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB).
Relembre o caso
O corpo de Maria Cláudia, com 19 anos à época, foi encontrado três dias após o desaparecimento dela ter sido informado à polícia, em 9 de dezembro de 2004. A vítima estava enterrada no quintal da própria casa, com sinais de estrangulamento, estupro e facadas.
O crime aconteceu no Lago Sul, um dos bairros mais nobres de Brasília. O caseiro da família, Bernadino do Espírito Santo, foi apontado como o principal suspeito logo após o crime. Em 2007, ele foi condenado a 65 anos de prisão por estupro, assassinato e ocultação do cadáver.
A namorada de Bernardino, Adriana de Jesus Santos, foi condenada pela morte da estudante, em dezembro de 2004. Submetida a júri popular, a ré, pela sentença, teria de cumprir 58 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, estupro, atentado violento ao pudor e ocultação de cadáver.