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Deputado vira réu por comentário homofóbico sobre beijo gay na PMDF

Em janeiro de 2020, o parlamentar chamou de “pederastia” um beijo gay na formatura da Polícia Militar do DF

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Homem discursa
1 de 1 Homem discursa - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O deputado distrital Hermeto (MDB) virou réu na Justiça após ter feito comentário sobre um beijo gay em formatura da Polícia Militar do DF (PMDF). Nessa segunda-feira (18/4), o Tribunal de Justiça do DF aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra o distrital, que teve seu ato considerado como homofóbico.

Em janeiro de 2020, o parlamentar chamou o beijo de “pederastia”. Agora, o deputado deve responder pelo crime de racismo, que também engloba casos de homofobia, desde a ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2019. A decisão é da 1ª Vara Criminal de Brasília.

Ao Metrópoles o político disse que prefere não comentar sobre o assunto, e que só vai se manifestar nos autos do processo.

MP denuncia deputado que chamou beijo gay na PMDF de “pederastia”

Relembre o caso

Subtenente da reserva da Polícia Militar do DF, Hermeto gerou polêmica ao comentar, em um grupo de WhatsApp, sobre dois casais gays. “Minha corporação tá se acabando. Meu Deus!!! São formandos de hoje. Na minha época, era expulso por pederastia”.

O deputado também disse, em outro grupo, que respeita a “preferência” de cada um, mas não concorda que policial fardado tenha esse comportamento. “Isso vale também para um homem e uma mulher”, acrescentou. O Metrópoles teve acesso às trocas de mensagens.

Hermeto critica beijo gay de PMs: “Corporação tá se acabando”

Confira os prints: 

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Hermeto é policial militar da reserva
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Beijo gay aconteceu em formatura da corporação

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Hermeto é policial militar da reserva

Reprodução

À época, Hermeto enviou uma nota por meio da assessoria de imprensa. O parlamentar afirmou não concordar com a conduta dos PMs, pois o ato tem caráter ideológico-político e foge do objetivo da corporação, que é garantir a segurança do cidadão.

De acordo com o processo, o deputado, “de forma livre e consciente, em razão do exercício do cargo público que ocupa, [tecera] comentários desprezando comportamentos homoafetivos dentro da Polícia Militar do Distrito Federal, bem como emitiu nota oficial por meio de sua assessoria de imprensa contra tais manifestações homoafetivas”.

Outros casos

O caso rendeu outras denúncias na Justiça. Recentemente, o tenente-coronel da reserva da PMDF Ivon Correa foi condenado a pagar R$ 25 mil em danos morais ao soldado Henrique Harrison, um dos PMs que aparece na foto do beijo. Correa chamou a cena de “frescura e avacalhação”.

Na gravação de quase cinco minutos, o militar chama o beijo, entre outras coisas, de “tentativa de enxovalhar essa farda que nós gastamos duzentos e cacetada anos pra fazer o nome dela”.

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