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Deputado pedirá explicações ao GDF sobre obra de posto no Lago Sul

Deputado distrital vai cobrar explicações do Governo do Distrito Federal sobre obra de posto na nobre região administrativa

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tratores derrubam árvores nativas no Lago Sul9
1 de 1 tratores derrubam árvores nativas no Lago Sul9 - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

O deputado distrital Robério Negreiros (PSD) vai cobrar explicações do Governo do Distrito Federal sobre a construção de um posto de gasolina na QL 10 do Lago Sul. Os moradores do local estão insatisfeitos com a derrubada de árvores nativas do cerrado e acionaram o parlamentar em um grupo de WhatsApp. “Pedirei informações e postarei tudo aqui. Se tiver algo irregular, serei o primeiro a acionar todos os órgãos competentes”.  Veja a conversa:

Moradores procuram deputado sobre construção do posto

O parlamentar confirmou ao Metrópoles ter sido procurado por moradores do Lago Sul, que têm denunciado supostas irregularidades envolvendo a construção do posto. “Vou requisitar informações e defender o que for legal – seja a construção ou não do posto de gasolina. Vou acionar o Ibram [Instituto Brasília Ambiental], a Seduh [Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação] e a Terracap [Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal]”, disse.

Negreiros acrescentou que a manifestação popular é justa e válida. “Mas temos que analisar as eventuais falhas para poder agir”, alegou. O parlamentar é líder do governo na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Além da perda das árvores nativas, os residentes reclamaram de outros impactos ao meio ambiente, como a possível contaminação do solo. Eles ainda se queixam que não houve qualquer tipo de consulta pública sobre a implantação do posto de gasolina na região.

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 A previsão é de que toda a vegetação da área, entre os conjuntos 2 e 3, tenha sido removida em 10 dias.
Além da perda das árvores nativas, os residentes reclamaram de outros impactos ao meio ambiente.
"No domingo (19/3), eu vi uma árvore caída, mas não fazia ideia do que se tratava", contou a moradora Liz Lobo
Os angicos são árvores nativas do cerrado recomendadas para recuperação de terrenos.
Moradores reclamam do aumento da movimentação no local com a obra do posto de gasolina
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Tratores derrubaram árvores nativas do cerrado, como angicos, nesta quarta-feira (22/3)

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A previsão é de que toda a vegetação da área, entre os conjuntos 2 e 3, tenha sido removida em 10 dias.

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Além da perda das árvores nativas, os residentes reclamaram de outros impactos ao meio ambiente.

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"No domingo (19/3), eu vi uma árvore caída, mas não fazia ideia do que se tratava", contou a moradora Liz Lobo

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Os angicos são árvores nativas do cerrado recomendadas para recuperação de terrenos.

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Moradores reclamam do aumento da movimentação no local com a obra do posto de gasolina

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Os angicos têm papel importante na medicina popular

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Moradorees destacam ainda que a cerca de 1 quilômetro da obra — equivalente a dois minutos de carro — há um empreendimento do mesmo tipo. Veja a distância exata marcada pela plataforma Google Maps.

A ex-administradora do Lago Sul e presidente do Conselho Comunitário (CCLS), Natanry Osório, juntou-se aos críticos da nova construção. Ela ressaltou que, em 2013, tentaram construir um posto no local. “A reação dos moradores impediu, porque não havia e não há a menor necessidade. Dessa vez, estão fazendo sem comunicar ninguém”.

Em 2013, moradores se reuniram para evitar construção de posto de gasolina

Outro lado

Questionada, a Administração Regional do Lago Sul informou que a área está liberada para construção de posto de gasolina. “Portanto, neste aspecto, não tem ilegalidade”. Segundo nota, não seria necessária uma audiência pública, uma vez que o terreno está reservado para esse tipo de construção.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) informou que, segundo a área técnica da pasta, “a obra tem alvará de construção”.

Em relação à derrubada das árvores, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) disse que “a obra mencionada tem as autorizações necessárias emitidas pelos órgãos competentes, além de não causar impactos negativos”.

O Ibram acrescenta que a autorização é concedida pela autarquia após “cumprimento de rito”. “Tudo licenciado e dentro da legislação ambiental”. Segundo nota, não seria necessária uma audiência pública para o licenciamento ambiental de postos.

O órgão não informou o nome da empresa responsável pela obra. No canteiro também não há placa informando quem é o engenheiro responsável pela construção.

Os órgãos, no entanto, não explicaram por que concederam autorização para derrubadas de centenas de árvores que darão lugar a um um posto numa região onde há um empreendimento do mesmo porte.

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