Deputados pedem retirada de filme de Gentili da Netflix: “Besteirol”
Críticas são ao longa Como se tornar o pior aluno da escola, de Danilo Gentili. Filme de 2017 entrou na Netflix em fevereiro deste ano
atualizado
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O distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos) entrou com uma representação no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pedindo a retirada imediata do filme “Como se tornar o pior aluno da escola” da Netflix. Além dele, o deputado federal Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF) entrou com manifestação na noite desse domingo (13/2) no Ministério Público Federal (MPF) para que a plataforma de streaming retire o longa-metragem do ar.
Segundo o documento apresentado, Delmasso afirma que recebeu “inúmeras denúncias de pais irresignados com o conteúdo deplorável do referido filme”. No entendimento do deputado, o filme infringe o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), além de incentivar a pedofilia.
Na avaliação de Julio Cesar, a trama normaliza a pedofilia. Ele diz que a representação tem por objetivo evitar que a disseminação do filme “afete a integridade de crianças e adolescentes”.
“Chega a ser inacreditável que o abuso de uma criança seja transformado em piada. Não iremos aceitar esse tipo de postura diante de um assunto tão grave”, afirma o parlamentar.
O filme, estrelado por Danilo Gentili, é de 2017, e entrou no catálogo da Netflix em fevereiro deste ano. O longa voltou aos holofotes após o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Anderson Torres, usar as redes sociais para critica-lo.
A história do filme narra como o personagem Pedro encontra um diário que ensina como provocar caos na escola sem ser pego e resolve seguir as dicas com seu amigo Bernardo. A narrativa é baseada no livro de Danilo Gentili, lançado em 2009, que leva o mesmo nome.
“Há um frontal desrespeito com a dignidade dos jovens, que estão a mercê de filmes com informações totalmente inoportunas e desnecessárias para seus projetos de vida, o que é repugnante!”, afirma. “Pedofilia é uma forma doentia de satisfação sexual. Trata-se de uma perversão, um desvio sexual, que leva um indivíduo adulto a se sentir sexualmente atraído por crianças e adolescentes”, justifica Delmasso na representação.
O distrital critica ainda que o longa-metragem é “inapropriado” para adolescentes e jovens, tendo em vista o uso de palavrões e frases com uma linguagem, segundo ele, “extremamente obscena”. “Um típico besteirol, no pior sentido da coisa, com uso de diversas ferramentas do subgênero, como piadas e banalização do sexo”, finaliza.
Veja na íntegra a representação protocolada por Delmasso:
Representação – Delmasso by Ana Karolline Rodrigues on Scribd