Deputado pede investigação de bolsonarista que convocou CACs para protestos
No sábado (26/11), o bolsonarista Milton Baldin convocou a população que tenha “armas legais” a se reunir no QG do Exército em Brasília
atualizado
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A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) pediu à Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) que investigue e responsabilize um manifestante que usou palco instalado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília para convocar atiradores e caminhoneiros a participar de protestos na capital do país.
O ofício, do gabinete do deputado Fábio Félix (Psol), também cobra providências para prevenir infrações penais que possam impedir a diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Os manifestantes demonstraram de forma inequívoca intenção de escalar o conflito de forma violenta, inclusive por meio do uso de armas de fogo. No sábado, um manifestante instigou apoiadores do candidato derrotado [Jair Bolsonaro], especialmente aqueles com porte e posse de arma de fogo, a se organizarem para resistir à diplomação do presidente eleito [Lula]”, diz texto do ofício.
DF: manifestante convoca atiradores para protesto no QG do Exército
No sábado (26/11), um manifestante, que se identifica como Milton Baldin, do município de Jurena (MT), convocou brasileiros que tenham “armas legais”, bem como os colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs) para “mostrarem presença”.
Em vídeo, Milton Baldin pede que empresários do agro liberem caminhoneiros durante, ao menos, 15 dias, para participarem dos protestos. “Se nós perdermos essa batalha, o que vocês acham que vai acontecer dia 19? Vão entregar as armas? E o que eles vão falar? ‘Perdeu, mané?’”, discursou.
Assista:
Manifestações
Os protestos em frente aos quartéis-generais de diversas partes do país começaram após 30 de outubro, quando Bolsonaro (PL) perdeu as eleições para Lula, em segundo turno.
Em Brasília, centenas de pessoas estão acampadas, desde então, em frente ao QG do Exército, para pedir intervenção federal, tentar impedir a diplomação do vencedor das eleições, bem como pleitear o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).