Deputado pede fim de acampamento no QG e é alvo de ameaças e injúrias
“Não vai demorar o povo matar esses tipos de políticos”, escreveu um bolsonarista após Fábio Felix pedir ao GDF o fim de acampamento no QG
atualizado
Compartilhar notícia
Bolsonaristas reagiram com ameaças, insultos, racismo e homofobia ao pedido do deputado distrital Fábio Felix (PSol) para que o Governo do Distrito Federal dê fim ao acampamento no Quartel-General do Exército. Além de ataques relacionados à sexualidade do parlamentar, um extremista chegou a dizer que “não vai demorar [para] o povo matar esses tipos de políticos”.
Em ofício ao GDF, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, Fábio Felix, pediu a “remoção e dispersão imediata do acampamento organizado em frente ao Quartel-General do Exército”, citando os casos de vandalismo no protesto violento promovido por bolsonaristas na última segunda-feira (12/12).
Na ocasião, manifestantes que faziam parte da mobilização no QG foram até a Polícia Federal, tentaram invadir o prédio, colocaram fogo em veículos, depredaram hotéis e comércios e atacaram as forças de segurança. Fábio Felix também solicitou o envio das cópias das gravações das câmeras de segurança instaladas na região dos atos.
Em mensagens de redes sociais, bolsonaristas compartilharam a notícia do pedido do deputado pelo fim do acampamento de Brasília e insultaram Fábio. “A bichola com chiliquinho”, “Esse é muito macho, olha a bandeira lá atrás [bandeira LGBTQIA+]”, “Vai lá pessoalmente e manda os patriotas saírem” e “Mandem esse rato fazer uma cirurgia nessa ‘venta’ dele” foram algumas das publicações feitas.
Felix informou que vai registrar boletim de ocorrência e acionar a Justiça para que os responsáveis pelos ataques respondam criminalmente. “Estamos reunindo as ameaças e os comentários racistas e LGBTIFobicos para denunciar todos aqueles que acham que podem cometer crimes ‘protegidos’ pela internet. Não vão nos intimidar. Seguiremos adotando todas as medidas cabíveis contra golpistas que ameaçam a democracia e a segurança da população”, disse à reportagem.