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Deputado Hermeto defende equidade entre forças de segurança no DF

Líder do governo na CLDF, Hermeto (MDB) afirma que a Polícia Militar não quer ser a Polícia Civil, mas exige o mesmo tratamento

atualizado

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Hermeto
1 de 1 Hermeto - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

O líder do governo na Câmara Legislativa do DF (CLDF), deputado Hermeto (MBD), defendeu que a Polícia Militar receba o mesmo tratamento dado à Polícia Civil (PCDF). Na sessão da última terça-feira (15/2), o parlamentar disse ter orgulho de ser integrante da PMDF. “Não, não estamos querendo ser igual à Polícia Civil. Nós queremos, sim, e eu vou lutar por isso, termos o mesmo tratamento que a Polícia Civil tem, pois ela é tão importante quanto a Polícia Militar”, afirmou.

A fala Hermeto em defesa dos militares desencadeou uma reação de Reginaldo Sardinha (Avante), que, depois, chamou membros da PMDF e do Corpo de Bombeiros de “recalcados” por reclamarem dos benefícios concedidos à PCDF. Segundo o emedebista, Sardinha “foi infeliz”.

 

Em conversa com o Metrópoles nesta sexta (18/2), Hermeto reforçou o posicionamento. “O nosso concurso é tão difícil quanto o deles. O deputado Sardinha foi infeliz. Não sei se ele quis fazer média com a Polícia Civil, mas eu não poderia deixar de defender minha instituição”, lembrou.

“Se eu sou recalcado, ele [deputado Sardinha] também é. Se quer tanto se equiparar à Polícia Federal, vá ele fazer o concurso para lá”, disparou.

Por fim, Hermeto disse que tem sido perseguido dentro da própria corporação, mas afirma que a base eleitoral dele vai além dos militares. “Hoje, a PM sozinha não consegue mais eleger um deputado. Tenho muito orgulho de também representar Candangolândia. Em 2018, de cada 10 votos na cidade, 7 foram para mim”, comenta.

“Recalcados”

As declarações de Sardinha ocorreram durante a votação na CLDF que garantiu benefícios à PCDF, na terça-feira (15/2). As falas causaram reação entre associações de policiais militares.

Na sessão, o parlamentar disse se sentir orgulhoso “toda vez que a PM quer ser policial civil”. Em outro momento, reclamou dos militares “recalcados que ficam o tempo todo atacando” a PCDF.

A segunda fala de Sardinha, que é agente de custódia da Polícia Civil, ocorreu minutos antes do início da apreciação em 1º turno da criação do auxílio-uniforme e da suplementação do auxílio na alimentação. Ao reclamar de um discurso dele cortado que estaria circulando pelas redes sociais, o político creditou a edição da gravação tirada de contexto aos “recalcados das instituições”.

O deputado afirmou que respeita tanto a PMDF quanto o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), mas fez questão de reclamar de uma parte dos membros das duas corporações. “Os recalcados que ficam o tempo todo atacando a Polícia Civil. O que eu falo para eles: quer ser policial civil? Vai fazer concurso. São instituições totalmente diferentes”, assinalou.

Aplaudido pelos policiais civis que estavam na galeria, Sardinha disse jamais ter reclamado da falta de auxílio-moradia ou da inexistência de uma escola da instituição. “Nunca fiquei jogando isso na cara, jogando a PM ou os bombeiros para baixo, como eu passei 23 anos da minha vida vendo a PM e o Corpo de Bombeiros querendo puxar [para baixo] a Polícia Civil. Quem é policial militar de verdade e bombeiro militar de verdade tem o meu respeito”, finalizou.

Três distritais ligados a causas de militares pediram retratação imediata de Sardinha. Além de Hermeto, Guarda Jânio (Pros) classificou a colocação como “muito infeliz”, enquanto Roosevelt Vilela (PSB) disse que a “ordem está errada” sobre quem deveria realizar concurso para trocar de instituição.

Confira o discurso de Sardinha:

Duas associações de policiais militares reagiram à fala do deputado. A Associação dos Oficiais da PMDF (ASOF) emitiu nota de repúdio chamando as colocações de “aparte infeliz”. O documento diz ainda que será feita “representação à Mesa Diretora da CLDF em desfavor do Dep. Sardinha, pela quebra do decoro parlamentar”.

A Caixa Beneficente (Cabe) da PMDF comentou que as palavras do distrital “expressam extremo despreparo do parlamentar ao tratar de agentes de segurança pública e total desconhecimento da qualificação dos homens e mulheres integrantes que honram pertencer a instituição”.

Segundo a nota, “a PMDF e seus integrantes não querem ser policiais civis, mas, sim, ouvidos, dignamente representados e, acima de tudo, respeitados”.

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