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Deputado do DF denuncia Zambelli ao TSE por porte de arma de fogo

Além de Fábio Felix (Psol), parlamentares do Distrito Federal se mobilizam para pedir cassação de Zambelli junto à Câmara dos Deputados

atualizado

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Carla Zambelli com arma de fogo - Metrópoles
1 de 1 Carla Zambelli com arma de fogo - Metrópoles - Foto: Reprodução/Youtube

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa (CLDF), deputado distrital reeleito Fábio Felix (Psol), apresentou denúncia contra a deputada federal também reeleita Carla Zambelli (PL-SP).

O distrital protocolou a denúncia junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por porte de arma de fogo na véspera da eleição. No sábado (29/10), após um discussão, a parlamentar sacou uma pistola e perseguiu o jornalista Luan Araújo, em São Paulo.

“Denunciamos Carla Zambelli ao TSE porque é crime portar arma de fogo na véspera da eleição”, afirmou o parlamentar pelas mídias sociais.

Fábio Felix acrescentou que o Brasil não é “terra sem lei” e que vidas “não podem ser colocadas em risco”. Além disso, o Psol entrará com pedido de cassação contra Carla Zambelli na Câmara dos Deputados.

O deputado distrital Leandro Grass (PV) também elaborou representação contra a parlamentar, por quebra de decoro na Câmara dos Deputados. O documento foi protocolado neste domingo.

“Não faz qualquer sentido lógico, sobretudo para aqueles que têm porte de arma, como alega a representada, sair com ela em punho, de forma absolutamente desproporcional, nas ruas da capital paulista, perseguindo qualquer cidadão. E mais: colocando em risco os demais que por ali passavam”, argumentou.

Pelas mídias sociais, a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) anunciou que tomará providências sobre o caso. “Nós, do PT, vamos entrar com uma representação contra a Carla Zambelli no Conselho de Ética da Câmara. Não podemos normalizar o crime, o terrorismo político e a violência”, enfatizou a parlamentar.

A coluna Grande Angular noticiou que PT e Rede protocolaram o pedido de perda de mandato neste domingo.

“Votarei armada”

Nesse sábado (29/10), ao deixar o 78º Distrito Policial de São Paulo (Jardins), Carla Zambelli afirmou que votará armada. “Inclusive, com colete à prova de balas. Eu estarei armada e preparada”, afirmou.

Veja:

A parlamentar alegou que o ocorrido se tratou de “violência contra a mulher”. “Eu não o agredi em momento nenhum. Eu saí do restaurante com o meu filho e agrediram a mim e ao meu filho. O que temos aí não é um crime de racismo, é um crime de agressão contra a mulher”, alegou, em referência ao fato de Luan Araújo ser negro.

Carla Zambelli não ficou presa, apesar de resolução aprovada pelo TSE em 2021 determinar que colecionadores, atiradores e caçadores serem proibidos de portar armas no dia das eleições, nas 24 horas que antecedem o pleito e nas 24 horas seguintes. “Meu porte de arma é legal. Eu posso utilizar o meu porte o tempo todo, 100%”, comentou a parlamentar.

Por outro lado, o segurança da deputada bolsonarista acabou preso em flagrante por disparo de arma de fogo. Ele é um dos envolvidos na confusão desse sábado (29/10). O caso ocorreu entre as alamedas Joaquim Eugênio Lima e Lorena, no bairro Jardim Paulista, Zona Oeste de São Paulo.

Veja:

4 imagens
Ela perseguiu Luan Araújo até o interior de uma padaria
Deputada divulgou imagens nas mídias sociais
No entanto, gravações mostraram outros momentos da confusão
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Carla Zambelli sacou arma no meio da rua, em SP

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Ela perseguiu Luan Araújo até o interior de uma padaria

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Deputada divulgou imagens nas mídias sociais

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No entanto, gravações mostraram outros momentos da confusão

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Em nota, a Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) informou que foi acionada por volta das 16h30 do sábado (29/10) para atender a uma ocorrência no bairro Jardins. “No local, uma deputada federal informou que estava em um restaurante, quando passou a ser ofendida e empurrada por pessoas não identificadas, motivo pelo qual sacou a pistola que portava”, afirmou a corporação.

Ocorrências

A deputada publicou um vídeo nas redes sociais em que diz ter sido agredida e xingada. “[Pessoas] me empurraram no chão. Usaram um negro para vir para cima de mim, mas eram várias pessoas”, relatou.

Carla Zambelli, que tem registro de porte de arma calibre .380, afirmou ter gravado um vídeo do pedido de desculpas do jornalista. A deputada registrou boletim de ocorrência contra ele por agressão.

Luan Araújo prestou queixa contra a parlamentar por ameaça e racismo. Após deixar a delegacia, o jornalista disse estar assustado. “Peço proteção”, comentou.

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